domingo, 23 de novembro de 2014

Sistemas Cantareira, Guarapiranga e Alto Tietê registram queda

Sistemas Cantareira, Guarapiranga e Alto Tietê registram nova queda
No Cantareira, a queda foi de 9,7% para 9,6%, apesar da chuva.
Juntos, os três reservatórios abastecem 15,9 milhões de pessoas.
Vista aérea da represa de Jaguari, parte do Sistema Cantareira, em Bragança Paulista (SP).
Os três maiores sistemas de abastecimento de água da Grande São Paulo - Cantareira, Alto Tietê e Guarapiranga - tiveram nova queda em seus reservatórios em 22/11, de acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
No Cantareira, apesar da chuva de 1,6 milímetros, a queda foi 0,1 % e passou de 9,7% para 9,6%. O atual índice leva em consideração a segunda cota do volume morto do sistema. O volume útil e a primeira cota já foram esgotados.
A queda no Cantareira foi menor do que no dia anterior, quando os níveis dos reservatórios diminuíram 0,2%, caindo de 9,9%  em 20 para 9,7% em 21/11.
No Guarapiranga, a queda do nível de reserva foi ainda mais expressiva: de 33% para 32,6%. Já no Sistema Alto Tietê, o nível recuou de 6,4% para 6,2%, mesmo com a chuva de 2,7 milímetros.
No mês de novembro, a média esperada de chuvas no Cantareira é de 161,2 milímetros na região dos reservatórios. Até agora, choveu pouco mais da metade: 91,8 milímetros.
Essa chuva já representa mais que o dobro do que caiu em todo o mês de outubro, quando foi registrado 42,5 milímetros. Porém, mesmo com a precipitação mais forte em novembro, o nível das represas não subiu. Já são mais de 200 dias seguidos de constantes quedas e poucos dias de recuperação.
Juntos, Cantareira, Alto Tietê e Guarapiranga abastecem 15,9 milhões de pessoas na Grande São Paulo.
Outros Sistemas
Os outros três sistemas de abastecimento da Grande São Paulo não registraram chuvas entre 21 e 22/11 e também tiveram queda em seus níveis.
No Alto Cotia, o volume acumulado recuou de 28,4% para 28%. No Rio Grande, o nível baixou de 64,3% para 64% e, no Rio Claro, de 33,3% para 32,6%.
Reajuste em dezembro
Em 14/11 executivos da Sabesp informaram que o reajuste de tarifas pedido pela Sabesp para aplicação em dezembro deve ser maior que os 5,44% acertados no começo do ano, mas suspenso antes das eleições de outubro.
A empresa, controlada pelo governo do Estado de São Paulo, conseguiu o reajuste em meados de abril, mas na época a Arsesp, agência reguladora do setor, autorizou a aplicação do aumento das tarifas em "momento oportuno".
No caso, o momento oportuno foi dezembro, conforme comunicado da empresa em 20/11 ao mercado.
Em 21/11 o diretor financeiro da Sabesp, Rui Afonso, afirmou a analistas em videoconferência que o reajuste pretendido "deverá ser maior que os 5,44%", diante da necessidade de correção monetária. Ele não comentou qual será o índice a ser aplicado.
O processo de revisão tarifária deveria ter sido concluído em agosto de 2013, mas passou por uma série de adiamentos.
Animais são vistos à beira da água nas margens expostas da represa Jaguari, parte do Sistema Cantareira, em Bragança Paulista (SP).
Água que antes tomava a área central da imagem se concentra em um leito mais fundo em ziguezague na represa de Atibainha, parte do Sistema Cantareira, em Nazaré Paulista (SP).
Vista aérea da represa de Atibainha, parte do Sistema Cantareira, com margens bastante expostas devido à seca no estado de São Paulo, em Nazaré Paulista.
Represa de Jaguari, integrante do Sistema Cantareira, em Bragança Paulista (SP).
Ponte sobre a represa de Atibainha, parte do Sistema Cantareira, com margens bastante expostas devido à seca no estado de São Paulo, em Nazaré Paulista. (g1)

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