Moradores de São Paulo e Minas têm novas regras para uso da
água
Os moradores de Minas
Gerais e de São Paulo, abastecidos pelas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e
Jundiaí, terão de seguir novas regras que envolvem a suspensão nas retiradas de
água em períodos de escassez. As restrições vão atingir as atividades na indústria,
no campo, no caso das irrigações, além do consumo em moradias e
estabelecimentos comerciais.
As novas regras
definidas pela Agência Nacional de Águas (ANA), pelo Departamento de Águas e
Energia Elétrica de São Paulo (Daee) e pelo Instituto Mineiro de Gestão das
Águas (Igam) foram apresentadas em 18/11 aos usuários paulistas. Em 19/11 às
10h, na Avenida Barão de Itapura, no bairro de Botafogo, em Extrema, os
usuários mineiros conhecerão as normas. Os esclarecimentos serão repassados a
representantes da indústria, a produtores rurais e de empresas de captação para
o abastecimento nas regiões metropolitanas.
Segundo a ANA, entre
as mudanças, estão questões relacionadas ao estado de alerta, que deverá ser
decretado quando o volume útil ficar abaixo de 5%, no caso do trecho paulista.
Isso corresponde às captações das bacias do Jaguari, Camanducaia e Atibaia e é
equivalente ao do Sistema Cantareira (formado pelas represas Jaguari, Jacareí,
Cachoeira e Atibainha). Nessa condição, não haverá corte de retirada, mas
indicará atenção aos usuários sobre a possibilidade de suspensão temporária, em
caso de diminuição mais expressiva.
Se as vazões recuarem
abaixo de 4 m3 por segundo, no Rio Atibaia, por exemplo, será
ativado o estado de restrição em que o volume de captação será reduzido em 20%
ou com suspensão no período das 18h às 23h para abastecimento. Em relação ao
uso industrial, pode haver um corte de 30% na captação ou a suspensão da
retirada das 7h às 13h. Para a irrigação, também foi definida uma redução de
30% ou eventual suspensão das 12h às 18h. As restrições serão aplicadas aos
usuários que captam abaixo e acima de 10 litros por segundo.
Para o trecho mineiro
da Bacia do Rio Jaguari, a ANA e o Igam estabelecem o estado de alerta quando o
rio tiver vazões acima de 2,52 m3 por segundo e menores que 5,04 m3
por segundo no ponto de monitoramento Pires.
De acordo com nota da
Ana, a questão foi debatida com os usuários nos últimos dias 1º e 2 de outubro.
Os moradores tiveram prazo para encaminhar sugestões até o último dia 13 de
outubro. (ecodebate)
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