Brasil pode ter o segundo
pior início de período úmido, aponta ONS.
Previsões indicam chuvas
abaixo da média até dezembro no SE/CO.
Anomalia climática vai afetar
a recuperação do nível de armazenamento de bacias estratégicas para o Sistema
Interligado.
As previsões climáticas para
as próximas semanas apontam para uma maior probabilidade de ocorrência de
chuvas abaixo das médias históricas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, onde
estão localizadas as quatro bacias hidrográficas consideradas estratégicas para
o Sistema Interligado Nacional. Juntos, os reservatórios das bacias dos rios
São Francisco, Tocantins, Paranaíba e Grande representam 80% de toda a
capacidade de regularização do parque hidrelétrico brasileiro, segundo dados
oficiais.
A anomalia identificada pela
análise meteorológica deve permanecer até dezembro desse ano, segundo nota
divulgada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. O ano de 2017 é o
pior de todo o histórico iniciado em 1931 em termos de Energia Natural
Afluente, com 45% da Média de Longo Termo na região central do país. A ENA é o
volume de água que chega aos reservatórios.
Setembro também foi o pior mês do histórico nas
principais bacias de interesse para geração hidrelétrica. Segundo o Operador Nacional do Sistema
Elétrico, no São Francisco a ENA ficou em 27% da MLT, a pior do histórico; no
Tocantins, em 55% da média, o quarto pior resultado dos últimos 86 anos; no Paranaíba,
em 48% da MLT, segundo pior registro até agora; e, no Grande, em 51% da MLT, o
quarto pior do histórico.
Após mais uma reunião
extraordinária de avaliação do cenário em 25/10/17, o CMSE reiterou as
conclusões anunciadas no encontro da semana passada. Uma delas é de que “a
transição para o período úmido permanece atrasada em relação ao histórico”.
Há também perspectiva de que
o consumo de energia no sistema interligado fique um pouco acima do previsto
até final do ano em razão do aumento das temperaturas, principalmente nas
regiões Sudeste e Centro-Oeste. (canalenergia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário