sábado, 9 de janeiro de 2021

Europa respira ar menos poluído do que há dez anos

Políticas ambientais têm apresentado efeitos positivos, mas número de mortes ainda é alarmante.
De acordo com a pesquisa Qualidade no Ar da Europa – Relatório de 2020, realizada pela Agência Europeia do Ambiente (AEA), as políticas ambientais adotadas pelos países europeus nos últimos dez anos estão se mostrando eficazes e contribuindo com a redução da poluição do ar.

O estudo mostra que, apesar do aumento da procura por mobilidade que impulsiona a emissão de gases do efeito estufa, desde os anos 2000, as emissões dos principais poluentes atmosféricos, incluindo os provenientes dos transportes, diminuíram consideravelmente.

Mas essa redução ainda não é suficiente para a proteção da vida. A constante exposição à poluição afeta a saúde da população de diferentes maneiras, podendo causar desde a inflamação dos pulmões até a redução da expectativa de vida.

Ainda segundo a Agência Europeia do Ambiente, em 2018, aproximadamente 417 mil pessoas morreram prematuramente, devido à poluição. E, embora a melhora na qualidade do ar tenha evitado cerca de 60 mil mortes na comparação de 2009 a 2018, o número de vítimas ainda é alarmante.

A ONU aponta que 90% da população respira um ar poluído. Segundo o relatório State of Global Air 2020, do Instituto Health Effects (EUA), isso contribuiu com a morte de ao menos 6,7 milhões de pessoas em todo o mundo em 2019.

Respirar ar poluído: o que há de novo?

90% da população mundial está respirando ar impróprio, segundo a OMS. E isso tem implicações sérias para a saúde.

A redução dos poluentes atmosféricos e a preservação do meio ambiente se tornam ainda mais urgentes quando comparamos a evolução das mortes com o passar dos anos. Em 2000, foram 800 mil pessoas, enquanto em 2010 atingia-se a marca de 3,2 milhões de vidas perdidas. Atualmente, a poluição do ar já ocupa a quarta posição nas causas de morte no mundo.

A estimativa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de que, até 2050, a exposição à poluição se tornará a principal causa de morte. E, além do impacto na saúde humana, a poluição atmosférica também contribui com a piora da crise climática e, consequentemente, com o aumento dos desastres naturais.

Diante desse cenário, a própria Agência Europeia do Ambiente avalia que investir em uma melhor qualidade do ar é investir na melhoria da saúde e da produtividade. Portanto, é fundamental apoiar iniciativas, produtos ou projetos que visam a redução de todos os tipos de poluição e contribuem com uma respiração mais limpa, assim como o purificador de ar.

Com a contribuição da população e o investimento em pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias sustentáveis, somos capazes de recuperar os danos causados ao meio ambiente e garantir mais saúde às próximas gerações. (ecodebate)

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