O Dia Mundial do Meio
Ambiente é celebrado anualmente em 5 de junho. A data foi escolhida pela
Organização Mundial das Nações Unidas/ONU em referência à Conferência de
Estocolmo, conhecida como a primeira grande reunião de chefes de estado para
discutir questões ambientais. Em 2021, o tema da campanha é “Restauração de
Ecossistemas”, focado em conscientizar as gerações atuais sobre a importância
de preservar a natureza.
Embora a data já tenha quase
cinco décadas, muito ainda precisa ser feito globalmente para frear a degradação
ambiental. Veja alguns dados que explicam o porquê.
1. Florestas intocadas
perdidas
O desmatamento das matas
nativas é um dos fatores mais preocupantes para o meio ambiente. E é um
problema que diz respeito especialmente ao Brasil, onde está localizada a maior
parte da Floresta Amazônica. O bioma representa um terço de todas as florestas
tropicais do mundo e é fundamental para o equilíbrio climático do planeta. Mas
a situação é crítica: segundo o World Resources Institute (WRI), o mundo perdeu
4,2 milhões de hectares de florestas tropicais primárias em 2020, um aumento de
12% frente a 2019. E o Brasil foi responsável por 1,7 milhão de hectares
perdidos.
A liberação de gases do
efeito estufa pelas atividades humanas é apontada como uma das principais
causas do aquecimento global. Mesmo com as restrições da pandemia de Covid-19,
que segundo a NASA contribuíram para uma redução de 20% nas emissões de dióxido
de nitrogênio, os níveis de partículas finas de poluição (PM2.5) excederam as
recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2020, quatro em cada
cinco nações do planeta registraram mais poluição do que o recomendado, segundo
informações do relatório Mundial de Qualidade do Ar, da empresa suíça IQAir.
Uma pesquisa da ONG
Greenpeace apontou que, só no ano passado, mais de 160 mil pessoas tiveram
mortes prematuras nas cinco cidades mais populosas do mundo devido às
partículas finas de poluição.
3. Planeta 1,2ºC mais quente
E o aquecimento global, por
sua vez, é a maior ameaça à sobrevivência da espécie humana na Terra. Suas
consequências podem ser catastróficas, com a eliminação de ecossistemas
inteiros, aumento do nível dos oceanos e inviabilização da produção agrícola
global. Para medir a elevação de temperatura, os cientistas fazem uma projeção
de quanto a temperatura média global subiu em relação aos níveis
pré-industriais (1850-1900).
O ano de 2020 foi 1,2ºC mais
quente — a meta do Acordo de Paris é estabilizar esse aumento em uma faixa
menor do que 2ºC. E um relatório da ONU divulgado no último dia 27 de maio
alerta: o planeta pode ultrapassar 1,5°C da era pré-industrial já nos próximos
cinco anos.
4. Risco de inundações em
cidades costeiras
O derretimento das calotas
polares e das grandes geleiras é uma das consequências do aumento da
temperatura global. Cientistas acreditam que isso tem relação direta com o
aumento do nível dos oceanos, o que, por sua vez, prejudica a geografia costeira.
Segundo o relatório Climate Science Special Report (CSSR), do governo dos EUA,
o nível do mar aumentou em até 20 centímetros desde 1900.
O Painel Intergovernamental
sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (IPCC) prevê um
crescimento dos oceanos entre 20 e 30 centímetros até 2050 e de 43 a 50
centímetros até 2100, caso a temperatura global se mantenha dentro da meta do
Acordo de Paris.
5. 1 milhão de espécies ameaçadas de extinção
Por seu protagonismo na agroindústria, abelhas têm um papel fundamental na economia do planeta.
Embora o ser humano até possa
persistir frente às adversidades, as demais espécies de animais e plantas têm
mais dificuldades de se adaptar às mudanças climáticas. Segundo relatório da
Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e
Serviços de Ecossistema (IPBES), da ONU, 1 milhão de espécies de animais e
plantas estão ameaçadas de extinção por fatores como: perda de habitat natural,
exploração das fontes naturais, poluição e espécies invasoras.
A extinção das espécies, no
fim, prejudica os próprios humanos. A produção de alimentos, por exemplo,
depende do trabalho das abelhas, responsáveis pela polinização de 90% das
espécies de flores silvestres e 75% das plantações de alimentos, segundo a
Embrapa. No entanto, alterações no clima e em ecossistemas ameaçam cada vez
mais esses e tantos outros animais sem os quais não somos nada.
Esta matéria faz parte da iniciativa #UmSóPlaneta, união de 19 marcas da Editora Globo, Edições Globo Condé Nast e CBN. Saiba mais em umsoplaneta.globo.com. (revistagalileu.globo)



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