Nessa perspectiva, tem
surgido inúmeras ações frente à crise ambiental, como o jornalismo ambiental e
a educação ambiental, por exemplo, que visam principalmente desenvolver nas
pessoas conhecimentos, habilidades e atitudes voltadas para a conservação dos
recursos naturais e melhoria do meio ambiente.
A partir da Conferência das
Nações Unidas sobre o meio Ambiente e Desenvolvimento (também conhecida como
RIO 92), foi escolhida três palavras para incentivar atitudes mais
sustentáveis: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Pouco tempo depois surgiu o
quarto “R” (Repensar), com o objetivo de reforçar a importância de analisar
hábitos de consumo (Walmart Brasil, 2016).
A expressão sustentabilidade
vem sempre associada a uma maior conscientização sobre as diferentes formas de
preservar o meio ambiente, estabelecendo-se, assim, um vínculo direto com a
política dos 4R’s.
4R’s – Esta abreviação corresponde às 4 medidas práticas a serem adotadas pelas pessoas, com vistas à melhoria do meio ambiente e promoção da sustentabilidade.
1- Repensar: corresponde à atitude que tomamos e que tem consequência direta em nossas vidas e ao meio ambiente. Assim, deve-se sempre reavaliar e mudar a postura. Nesse sentido, cabem indagações, como: os gastos com a energia são compatíveis com as suas necessidades, ou há exageros? Você consome só o que precisa? Ou também compra por impulso? Você abre mão de usar o carro por alguns dias? Na verdade, não se trata de deixar de fazer as coisas, mas sim de fazer de uma maneira que melhore a qualidade de vida e respeite o meio ambiente.
2- Reduzir: refere-se ao ato
de diminuir o lixo e também a emissão de poluentes, a partir de um consumo mais
consciente e poupador de recursos naturais. Se atentarmos para as compras que
realizamos no cotidiano e nos serviços que contratamos, poderemos perceber que
muitas vezes adquirimos coisas que não precisamos ou que usamos poucas vezes.
Como ações práticas, estas
podem ser resumidas essencialmente em:
a) uso econômico da água –
uso sem desperdício, não usar água para lavar calçadas ou ruas (evitar o uso
condenável de “vassouras hidráulicas”), fechar a torneira quando estiver
escovando os dentes ou ensaboando as mãos, e ficar atento a qualquer vazamento
na rede de água, interna e/ou externa;
b) economia de energia – usar
energia limpa (solar e/ou eólica) no aquecimento interno das casas, instalando
sensores para evitar desperdícios. Também, dar preferência para as lâmpadas
LED, que oferecem grandes vantagens principalmente em termos de durabilidade e
economia, além de que não possuem metais pesados (chumbo e mercúrio) em sua
composição, causando assim, menor risco ambiental.
c) economia de combustíveis –
fazer percursos a pé ou de bicicleta, o que gera economia financeira e de
recursos naturais, com ganhos para a saúde e redução de poluição do ar;
d) criar soluções
inteligentes e poupadoras, como: produzir seus próprios temperos, cultivando
hortas caseiras; usar embalagens recicláveis (papel ou papelão); exercitar a
compra a granel, o que vai reduzir as embalagens descartadas.
3- Reutilizar: descartamos
muitas coisas que poderiam ser reutilizadas para outros fins. Reutilizar
contribui não só para a economia doméstica, mas também para o desenvolvimento
sustentável do planeta. Sabe-se que tudo que é fabricado necessita do uso de
energia e matéria-prima, assim, ao jogarmos algo no lixo, estamos desperdiçando
também a energia que foi usada na fabricação (combustível usado no transporte e
matéria prima empregada). Deve-se considerar, ainda, que objetos descartados de
forma incorreta, poderá poluir o meio ambiente. A doação também pode ser boa
alternativa, tanto a quem precisa quanto à proteção ambiental.
Como ações práticas,
resumidamente, cita-se:
a) potes e garrafas pet podem
ser usadas como vasos de plantas;
b) usar a impressão dos dois
lados do papel e só imprima se for realmente indispensável;
c) móveis (armário,
guarda-roupa, sofá, estante, mesa e cadeira) quebrados não precisam ir parar no
lixo. Podem ser consertados ou doados;
d) computadores, impressoras
e visores podem ser doados para uso em entidades sociais, pessoas carentes;
e) aproveite cascas, frutas e
legumes danificados para incorporá-los ao solo;
f) aumente a vida útil de
livros, jornais e revistas, trocando-os com amigos.
4- Reciclar: esta ação
transforma um objeto usado em um novo produto, que pode ser igual ou diferente.
Esta prática resulta em economia de matéria-prima, que é retirada da natureza,
isto é, procedimento poupador de recursos naturais. O primeiro passo é proceder
a coleta seletiva em sua casa, separando o lixo orgânico do reciclável
(plástico, metais, vidro, papel), além de resíduos perigosos (pilhas, lâmpadas,
medicamentos, material de limpeza, tinta de cabelos e outros produtos químicos,
igualmente danosos ao meio ambiente e à saúde humana).
Cerca de um terço do lixo
produzido corresponde aos materiais que podem ser reutilizados, gerando ganhos
financeiros e novos empregos, além de que a prática de reciclagem contribui positivamente
para a redução do volume de lixo que vai para os aterros sanitários. Processo
que pode ser considerado como “ganha-ganha”, isto é, tanto a população quanto o
meio ambiente são fortemente beneficiados.
Como considerações finais, pode-se dizer: é preciso inverter a pirâmide, ou seja, colocar em prática a desejável política dos “4 Rs” (Repensar, Reduzir, Reusar e Reciclar) e não continuar produzindo e gerando mais resíduos, deixando que “alguém” assuma a responsabilidade de tratar e dispor adequadamente.
Todas essas práticas não só reduzirão o volume de resíduos gerados diariamente, mas também permitirão o exercício de reuso e reciclagem, culminando em um gerenciamento mais eficiente dos resíduos. São atitudes simples e viáveis que podem ser incorporadas cada vez mais no dia a dia, a fim de proteger o ar, o solo e a água, bem como a preservação de grandes extensões de cobertura vegetal (ou florestas nativas), trazendo como consequência melhores condições de saúde humana, qualidade de vida e saúde ambiental. (ecodebate)



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