Cientistas estimam que a
biosfera da Terra pode chegar ao fim em 1,6 bilhão de anos. A previsão é
baseada no aquecimento do Sol e na redução do dióxido de carbono na atmosfera.
O Sol se torna mais brilhante
com o passar do tempo, o que aumenta o aquecimento solar.
O aquecimento solar
intensifica o intemperismo das rochas, acelerando a remoção de dióxido de
carbono da atmosfera.
A redução do dióxido de
carbono na atmosfera compromete os ecossistemas terrestres.
As plantas enfrentam condições
extremas de temperatura e escassez de dióxido de carbono, o que leva à sua
extinção.
A redução da vegetação leva a
uma queda drástica nos níveis de oxigênio, o que afeta os animais.
Micro-organismos anaeróbicos
podem sobreviver até que o Sol atinja um ponto em que as águas dos oceanos
comecem a evaporar.
A biosfera é a camada da Terra que é habitada pelos seres vivos. Ela é fundamental para a existência de vida no planeta, pois é onde se obtêm alimentos, água potável, matérias-primas e energia.
Aquecimento solar reduzirá o CO2 atmosférico
Cientistas estimaram o tempo
restante para a biosfera da Terra sustentar a vida como conhecemos. À medida
que o Sol se torna mais brilhante com o passar dos bilhões de anos, ele
provocará mudanças no ciclo do carbono, reduzindo os níveis de dióxido de
carbono na atmosfera. Esse processo, essencial para as plantas, comprometerá os
ecossistemas terrestres de forma irreversível.
A pesquisa, conduzida pelo
geofísico RJ Graham e sua equipe da Universidade de Chicago, demonstrou que o
aquecimento solar intensificará o intemperismo das rochas, acelerando a remoção
de CO2 da atmosfera.
Esse fenômeno, embora natural, levará as plantas a enfrentar condições extremas
de temperatura e escassez de dióxido de carbono, culminando em sua extinção.
No entanto, os cientistas
projetam que essas mudanças ocorrerão de forma gradual, atingindo um ponto
crítico apenas daqui a 1,6 bilhão de anos. Essa previsão, que dobra as
estimativas anteriores, não apenas redefine o futuro da vida na Terra, mas
também sugere que planetas semelhantes podem ter mais tempo para desenvolver
vida complexa.
Como o Sol e o intemperismo
afetam a sobrevivência das plantas
Com o aumento de 10% na luminosidade do Sol a cada bilhão de anos, os efeitos sobre a Terra tornam-se mais intensos. O aquecimento gradativo acelera o intemperismo das rochas, que absorvem mais dióxido de carbono da atmosfera. Essa redução afeta diretamente as plantas, essenciais para o equilíbrio dos ecossistemas, criando condições cada vez mais hostis para a vida terrestre.
Cientistas projetam que a biosfera da Terra pode sobreviver por até 1,86 bilhão de anos
Os pesquisadores destacam que
a escassez de CO2 pode levar as plantas à extinção, seja por
inanição no ponto de compensação de carbono, seja pelo superaquecimento ao
atingir limites de temperatura. No entanto, a pesquisa liderada por RJ Graham
indica que a relação entre temperatura e intemperismo é menos linear do que se
acreditava, trazendo novas perspectivas sobre o futuro da biosfera.
Dados recentes sugerem que o
intemperismo não depende fortemente do aumento de temperatura, o que pode
desacelerar a redução de CO2. Em certos momentos, o processo pode
até se reverter temporariamente, adiando a extinção das plantas por até 1,86
bilhão de anos. Essa descoberta amplia as estimativas de sobrevivência da
biosfera e redefine o papel do clima na evolução da vida terrestre.
O impacto das mudanças
climáticas na vegetação e na vida terrestre
Um modelo computacional mais avançado, que combine simulações climáticas globais e interações detalhadas da vegetação dinâmica, seria crucial para entender plenamente os efeitos dessas transformações. Ele permitiria quantificar com maior precisão o impacto do aquecimento solar na longevidade da biosfera e na capacidade do planeta de sustentar vida.
A vida na Terra é um equilíbrio entre clima e ciclos naturais
Nos cenários analisados por RJ Graham e sua equipe, as plantas C3
– que incluem a maior parte da vegetação terrestre – seriam as primeiras a
desaparecer. Esse colapso deixaria apenas as plantas C4, como cana-de-açúcar e
milho, sobrevivendo por mais 500 milhões de anos. Essa transição marcaria uma
drástica redução na diversidade vegetal, com impactos profundos nos ecossistemas.
Portanto, com o colapso da vegetação, a vida animal também
enfrentaria um declínio acentuado, causado pela falta de alimentos e pela
redução extrema dos níveis de oxigênio. Contudo, alguns micróbios anaeróbicos
poderiam resistir até que o Sol intensifique seu calor ao ponto de evaporar os
oceanos, selando o destino da biosfera terrestre. (olhardigital)