O desmatamento na Amazônia em julho atingiu pelo menos 836,5 Km² de floresta, 157% a mais que o registrado em julho de 2008, quando o desmate foi de 323 Km². Os dados são do relatório do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), divulgado hoje (1°) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A área de floresta derrubada equivale à metade do município de São Paulo.
O Pará se manteve na liderança do desmatamento, com 577 Km² de derrubadas (quase 70% do total registrado em julho). No mesmo período, Mato Grosso derrubou 123,8 Km² e o Amazonas aparece em seguida, com 47 Km² a menos de florestas. No Maranhão, os novos desmatamentos atingiram 37,6 Km² e em Rondônia, 34,5 Km².
O desmatamento medido pelos satélites em Roraima foi de 8,3 Km²; no Tocantins, de 5,3 Km²; e no Acre, de 3 Km². Com menos nuvens que nos meses anteriores, em julho os satélites conseguiram observar 77% da Amazônia Legal. Apenas o do Amapá não foi monitorado, pois apresentou um índice de cobertura de nuvens de 96% no período.
A devastação ficou concentrado principalmente na região dos municípios de Novo Progresso e São Félix do Xingu, ambos no Pará, e na região leste do estado, na divisa com o Maranhão. Nos outros estados, o desmate foi disperso.
Mais cedo, a organização não governamental Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) também divulgou dados sobre o desmatamento em julho, que apontou derrubada de 532 km² de florestas, aumento de 63% em relação ao mesmo mês de 2008.
A medição do Deter considera as áreas que sofreram corte raso (desmate completo) e as que estão em degradação progressiva. O sistema serve de alerta para as ações de fiscalização e controle dos órgãos ambientais.
De agosto de 2008 até julho de 2009 (calendário para cálculo da taxa anual do desmatamento), o Deter registrou 4.375 Km² de desmatamento na Amazônia Legal. No período anterior (agosto de 2007 a julho de 2008), a área devastada foi de 8.147 Km².
A redução verificada pelo Deter pode sinalizar queda na taxa anual de desmatamento, medida pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), também calculada pelo INPE. O número atual (07/08) é de 11,9 mil Km².
O entendimento vem de acordo com o nível cultural e intelectual de cada pessoa. A aprendizagem, o conhecimento e a sabedoria surgem da necessidade, da vontade e da perseverança de agregar novos valores aos antigos já existentes.
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