sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Consumidores aprovam ideia e mudam hábitos

A dona de casa Maria do Carmo da Rosa resolveu fazer algumas sacolas retornáveis com retalhos de pano depois que a campanha pela diminuição de sacolas plásticas teve início em Jundiaí. Ela conta que rapidamente se acostumou a não ter mais os sacos grátis. 'Deixo as minhas retornáveis no carro para não esquecer. Achei a ideia muito boa e me sinto contribuindo com o meio ambiente', disse, após fazer compras no supermercado Ki-Legal. Maria do Carmo reconhece que toda mudança no início causa algum transtorno, mas considera importante incentivar a mudança de um hábito profundamente enraizado na população: o de pegar o máximo de sacolinhas plásticas que puder. As sacolas vendidas na cidade tentam conscientizar os clientes e estampam a seguinte frase: 'Vamos tirar o planeta do sufoco.' Enquanto fazia compras no mercado Coopercica, a professora de inglês Viviane Bonilha admitiu que não foi fácil se habituar à falta de sacos plásticos. Agora, ela normalmente traz sacolas próprias - que também deixa no veículo - ou usa caixas. Em último caso, compra sacolinhas biodegradáveis. 'Estamos sendo cobaias nessa história.' Ampliação da estratégia. A designer Claudia Khawali avalia que a iniciativa de não distribuir gratuitamente sacolas deveria ir além dos supermercados. 'Acho que só valeria realmente a pena se todos os estabelecimentos do município entrassem na campanha', disse. O prefeito de Jundiaí, Miguel Haddad, afirma que o governo municipal tem esta intenção e já começou a conversar com as padarias, por exemplo, para ampliar o projeto. A dona de casa Dalva Maria Lopes de Oliveira também conseguiu se adaptar, mas ainda demonstra irritação com o novo sistema. 'Se não tivesse caixa de papelão para colocar as compras, eu ia embora do mercado', afirmou ela, com o carrinho cheio de produtos. Treino Miguel Haddad, Prefeito de Jundiaí/SP “Além de preparar a população para o fim da distribuição gratuita de sacolinhas, também foi necessário fazer o treinamento de funcionários, especialmente das pessoas que ficam nos caixas. Mas esse é um primeiro passo, temos uma longa caminhada pela frente.” (OESP)

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