Desmatamento na Amazônia Legal é o menor em 24 anos, diz
ministério do Meio Ambiente
A ministra do Meio
Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou que a Amazônia Legal
teve o menor índice de desmatamento dos últimos 24 anos.
O anúncio foi feito
na sede do Ministério do Meio Ambiente. Segundo o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe), a região teve 4.656 km² de floresta desmatada entre
agosto de 2011 e julho de 2012. No levantamento anterior, que compreendia o
período de agosto de 2010 a julho de 2011, a área desmatada foi de 6.418 km².
Foi a menor taxa
desde que o instituto começou a fazer a medição, em 1988, e houve uma redução
de 27% em relação à medição realizada entre agosto de 2010 e julho de 2011. A
margem de erro é de 10% e os dados finais serão divulgados em 2013.
Entre agosto de 2011
e julho de 2012 foram apreendidos na Amazônia Legal 329 caminhões, 95 tratores,
143 outros veículos, 111 motosserras e 66 mil toras de madeira. Ao todo, foram
lavrados 3.456 autos de infração na região entre agosto de 2011 a julho de
2012. O valor total das multas chega a R$ 1,6 bilhão.
Os dados são do
Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal, conhecido como
Prodes, e são consolidados com informações coletadas ao longo de doze meses por
satélites capazes de detectar áreas desmatadas a partir de 6,25 hectares.
Avanço regional
Dos nove Estados da
Amazônia Legal, três apresentaram aumento no desmatamento: Tocantins (33%),
Amazonas (29%) e Acre (10%). Entre as maiores quedas estão o Amapá (-53%), Pará
(-44%) e Maranhão (-33%).
O levantamento
mostra que – em números absolutos - o Pará continua sendo o que mais derruba
vegetação nativa na região com supressão de 1,699 km², seguido por Mato Grosso
(777 km²), Rondônia (761 km²) e Amazonas (646 km²). O Ministério do Meio
Ambiente informou que a meta para 2020 é diminuir o desmatamento a 3.925 km².
Durante coletiva
para apresentar os números, a ministra do Meio Ambiente disse que as informações
de que o governo não está autuando os desmatadores em razão das discussões
sobre o Código Florestal são falsas. "Não tem isso de o Ibama não autuar
por causa das discussões", disse. (valor)
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