Vários tipos de selos
já foram lançados, alguns pelas entidades de normatização de seus países de
origem, e outros por associações de classe ou mesmo setores empresariais de
vanguarda.
Estes selos nem
sempre são destinados a reconhecer determinados produtos ou família de produtos
como ambientalmente corretos. Alguns apenas surgiram para aproveitar
oportunidades de mercado cada vez maiores e mais salientes na área ambiental,
atingindo fatias cada vez maiores de mercados consumidores que preferem
produtos que percebem com atitudes ambientais menos impactantes e mais
corretas.
Este fenômeno é
particularmente mais importante nos países de renda mais elevada, onde conforme
a conhecida pirâmide de Maslow, o cidadão já tem suas necessidades básicas
fundamentalmente atendidas e busca transformar seus gestos de consumo em
atitudes de engajamento com o que percebe serem produtos ou serviços de menor
impacto ambiental ou maior capacidade de preservação ambiental.
Os critérios para
concessão dos selos verdes por países ou blocos econômicos têm sido aplicados a
produtos importados na tentativa de criar barreiras comerciais de natureza
ambiental que protejam os produtos dos países do primeiro mundo, notadamente na
área agrícola e em derivados industriais do agronegócio, num exemplo típico de
falta de transparência e utilização indevida de critérios ambientais.
Environmental Choice
O “Environmental
Choice Programme” (ECP) do Canadá é uma iniciativa do Ministério do Meio
Ambiente. Integram seu comitê coordenador os representantes da área de saúde
pública, dos consumidores, cientistas, advogados, indústria e comércio. Os
aspectos técnicos estão sob responsabilidade da Associação Canadense de Normas
(CSA).
Esta iniciativa foi
sustentada por pesquisas que mostraram que 94% dos canadenses estavam
preocupados com questões ambientais, já em períodos pregressos a 1988, ano da
institucionalização e operação do programa.
O ECP estabelece duas
fases principais para a obtenção da certificação que dá direito ao uso do selo:
a. Identificação e
revisão da categoria de produtos propostas para certificação;
b. Desenvolvimento de
diretrizes para a categoria proposta, com o estabelecimento de critérios que um
produto tem que atender para que se fabricante possa ser licenciado a aplicar o
selo.
Já foram certificados
detergentes, fraldas, baterias, material de construção, utilidades domésticas,
lâmpadas, lenços de papel reciclados, embalagens comerciais, plásticos
reciclados, tintas a base de água, sistemas de compostagem para residências e
combustíveis para automóveis. A figura abaixo apresenta o selo do Environmental
Choice Programme.
Selo
canadense do “Environmental Choice Programme”. (EcoDebate)
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