País precisa que volume de chuvas dobre para afastar risco de racionamento, diz consultoria.
“Considerando as previsões de chuva até maio, com base nos
níveis encontrados em janeiro e fevereiro, chegaríamos ao começo de julho com
níveis iguais aos do racionamento de 2001”, afirma consultor.
Segundo a empresa Safira Energia, que atende as empresas como
a Vale e Petrobras, considerando previsões de chuva até maio, chegaríamos a
julho com níveis iguais aos do racionamento em 2001.
Apesar
das chuvas que têm caído sobre diversas regiões do Brasil desde a semana
passada, o atual cenário se mantém preocupante para o setor energético.
De
acordo com Fábio Cuberos, gerente de regulação da consultoria Safira Energia,
caso não chova o dobro da média de janeiro e fevereiro, o risco de racionamento
pode se concretizar no meio de 2014.
A
tendência é a de que os preços das tarifas de energia sejam altos durante todo
o ano.
Estudo
realizado pela consultoria, que atende a Light, Cemig, Vale e Petrobras, entre
outros, compara a situação atual da geração de energia no Brasil com a de 2001,
ano em que ocorreu o racionamento de energia no governo FHC.
Na
análise é possível notar que, apesar de o país ter diversificado sua matriz
energética nos últimos 13 anos, a dependência da energia hídrica é grande: a
geração de energia térmica cresceu 400%, mas o Brasil não está livre do risco
de racionamento em tempos de baixa precipitação.
Em
fevereiro, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as chuvas
equivalem a apenas 33% da média histórica.
-
Considerando as previsões de chuva até maio, com base nos níveis encontrados em
janeiro e fevereiro, chegaríamos ao começo de julho com níveis iguais aos do
racionamento de 2001 - afirmou Cuberos ao Globo. - Não podemos ainda
afirmar que haverá racionamento, mas, a cada dia que passa, o risco está
aumentando.
Segundo
o estudo, na época do racionamento, as fontes de energia eram até mais
adequadas à demanda do que atualmente. O que pesou em 2001 foi a menor oferta
de energia térmica para compensar as médias de precipitação muito baixas.
- Se
não existissem as térmicas, estaríamos hoje bem próximos ao racionamento, como
em 2001 - ressalta o engenheiro.
De
acordo com o ONS, o nível das chuvas nos primeiros dois meses do ano para
Sudeste e Centro-Oeste é o pior desde 1931. (veja)
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