Com chuva de 15,7 mm, índice se manteve em 11,9% mesmo de
03/11/14.
Mesmo com forte chuva, nível do Cantareira não sobe há 202
dias.
A chuva que atingiu o Sistema Cantareira de 03/11
interrompeu uma sequência de quedas no nível dos reservatórios que vinha desde
27 de setembro. Em 04/11/14 o volume acumulado se manteve em 11,9%, o mesmo do
dia anterior, segundo medição da Companhia de Saneamento Básico do Estado de
São Paulo (Sabesp).
A sequência de quedas foi de 38 dias. Apesar da forte chuva
e da estabilização do nível, faz 202 dias que não há acréscimo no volume
acumulado do Sistema Cantareira. A última vez que isso ocorreu foi em 16 de
abril, quando o nível subiu de 12% para 12,3%.
O Cantareira sofre, desde então,
com constantes quedas e poucos dias de estabilização. O ritmo de baixa, nesse
período de 202 dias, é de 0,14% por dia. No último dia de acréscimo, choveu
27,1 milímetros. Não haviam ainda sido incorporadas as cotas do volume morto.
Nível Estável
No dia de 26 de setembro, quando o
nível estava em 7,2% - sem contar a segunda cota do volume morto - 22,7
milímetros de chuva atingiram as represas, o que garantiu a estabilidade no dia
27.
Em 03/11 a chuva sobre
o sistema foi de 15,7 milímetros. A precipitação foi menor que a de 02/11, de
19,1 milímetros. Essa chuva anterior, porém, não havia impedido a queda no
nível dos reservatórios de 12,1% para 11,9% na medição de 03/11.
A chuva mais intensa de domingo não
foi suficiente para fazer com que os níveis das represas aumentassem porque
parte da água evaporou ou foi para a vegetação antes de chegar ao sistema.
O mês passado foi o mais seco dos
últimos 12 anos no Sistema Cantareira, segundo dados da Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Entre 01 e 31/10 foram registrados 42,5
milímetros de chuva nos reservatórios. Isso corresponde a 32,5% do volume
esperado, que era de 130,8 milímetros.
O nível de 11,9% já conta com a
segunda cota da reserva técnica do sistema, que ainda não está sendo utilizada
segundo a Sabesp. Sem isso, o atual índice estaria em 1,2%.
Alto Tietê e Guarapiranga
A chuva não chegou com a mesma
intensidade na região das represas do Sistema Alto Tietê, que teve nova queda.
O nível os reservatórios foi de 8,8% para 8,7%, queda de 0,1%. A precipitação
foi de 4,2 milímetros.
O nível só está em 8,7% porque a
Sabesp realizou uma ligação entre o Alto Tietê e a represa de Biritiba. Com o
rompimento de um dique, a água que estava no reservatório e não era usada no
abastecimento acresceu em 1,8 o nível do sistema. A obra foi autorizada pelo
Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE).
Se no Alto Tietê faltou
intensidade, no Sistema Guarapiranga a chuva sequer molhou o solo. A Sabesp não
registrou precipitação nas represas, e o nível caiu 0,5%, indo de 38,4% para
37,9%.
Veja a situação de outros sistemas:
- No Alto Cotia, o nível caiu de
29,7% para 29,6%;
- No Rio Grande, ele passou de
68,2% para 67,9%;
- O sistema Rio Claro foi de 41,4%
para 40,7%
Bônus
A ampliação da faixa de bônus para
quem economizar água em São Paulo começou a valer a partir de 01/11. A decisão,
aprovada pela Agência Reguladora de Saneamento e energia do Estado de São Paulo
(Arsesp), vale para as cidades das regiões metropolitanas de São Paulo,
Bragança Paulista e Campinas que já eram beneficiadas com o desconto.
Os imóveis que reduzirem em 10% ou
15% terão desconto de 10% na conta. Aqueles que diminuírem o gasto entre 15% ou
20% receberão bônus 20%. O cálculo é feito em relação à média de consumo entre
fevereiro de 2013 a janeiro de 2014. Desde fevereiro, os clientes que economizam
20% ou mais recebem desconto de 30% na conta de água. A ampliação do bônus faz
parte das ações adotadas pelo governo para amenizar os reflexos da crise
hídrica no estado.
O balanço mais recente aponta que
49% dos clientes da Sabesp tiveram o bônus porque reduziram em pelo menos 20%
seu consumo. Outros 26% economizaram, mas não receberam a bonificação. Ainda de
acordo com a companhia, 25% gastaram mais água do que a média. (g1)
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