O crescimento de mercado de imóveis sustentáveis no Brasil
Segundo dados do IBGE
e do IBAMA, 90% de nossas cidades estão com graves problemas ambientais de
difíceis resoluções por falta, principalmente, de instrução e de educação de
grande parte da população. Por conta disso, hoje se ouve muito falar de
“desenvolvimento sustentável”, mas como aplicar isso, na prática? O termo foi criado em 1987 pelo Brundtland
Report e é definido como “aquele que atende às necessidades do presente sem
comprometer gerações futuras”.
Tradicionalmente a construção civil sempre foi um setor
encarado como um dos maiores vilões do meio ambiente, porém, nos últimos anos,
este cenário tem mudado e tem como ponto de largada as nações mais
desenvolvidas economicamente.
Hoje, a construção de imóveis sustentáveis chegou ao Brasil e
vem tomando conta do cenário das grandes cidades brasileiras. Enfraquecida pela
crise econômica mundial no ano passado, ocorreu uma grande redução nas vendas
de imóveis sustentáveis, uma vez que construtoras e incorporadoras diminuíram
novos empreendimentos, inclusive encontrando alguma dificuldade para completar
os empreendimentos que já haviam sido iniciados.
Porém, o Governo Federal interveio e liberou uma boa verba
para os que bancos federais pudessem recuperar a ausência dos financiamentos
oferecidos anteriormente pelos bancos privados e, com isso, as chances de
finalização de vendas de imóveis sustentáveis voltaram, inclusive incentivando
novas ferramentas como o Agente Imóvel que possui um sistema de busca
específico para Imóveis em São Paulo sustentáveis.
Hamilton de França Leite Junior, diretor de Sustentabilidade
do Secovi/SP, afirma que “quem construir
empreendimentos sustentáveis sai na frente”. Segundo ele, a tendência é que
cada vez mais jovens passem a exigir que os imóveis tenham uma estrutura de
preservação ambiental no futuro. Com isso, as empresas que estão dispostas a
apostar no mercado em longo prazo e a adquirir experiência, visando uma melhor
posição competitiva daqui a alguns anos, devem começar a investir nesses
imóveis desde já.
Em São Paulo o apelo pela construção deste tipo de imóvel não é diferente e pode garantir uma
utilização racional e adequada dos recursos hídricos, além de proporcionar à
cidade uma maior eficiência no aproveitamento de seus recursos naturais e
economia de energia. Pensando nisso, algumas construtoras já iniciaram
empreendimentos que estão sendo lançados por toda a cidade e esses prédios
aparecem como uma alternativa para o público que se preocupa com o meio ambiente,
além de uma boa qualidade de vida.
Um imóvel sustentável pode custar de 3% a 8% mais caro do que
um edifício convencional, porém, segundo França Leite, o retorno deste
investimento ao longo de 20 anos será até 10 vezes maior que o investimento
adicional gasto na compra do imóvel, tornando assim uma motivação para o
comprador optar por este tipo de empreendimento. Outra vantagem é que
condomínios e apartamentos sustentáveis, além do óbvio apelo ecológico, são um
atrativo considerável graças a grande economia de recursos financeiros
proporcionada a seus moradores, como por exemplo, a diminuição nas contas de
água e energia.
E pode não parecer, mas o Brasil já é o 4° país no ranking
mundial pela procura do selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), uma certificação
voltada para as construções sustentáveis. Nosso país perde apenas para os
Estados Unidos, a China e os Emirados Árabes. (ecodebate)
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