Arena Corinthians gasta mais
água do que rivais na capital paulista.
Consumo médio no estádio
alvinegro é de 5.000.000 litros, volume equivalente ao Allianz Parque e o
Morumbi somados.
O
estádio do Corinthians é o que mais gasta água da Sabesp na capital paulista.
De janeiro a maio, o consumo médio registrado na arena alvinegra em Itaquera,
na zona leste, foi de 5 milhões de litros, volume equivalente ao dos estádios
dos rivais São Paulo (2,9 milhões) e Palmeiras (2,1 milhões) juntos.
A
maior parte da água é destinada à irrigação do gramado. Os estádios corintiano
e palmeirense possuem um sistema de captação de água da chuva, exigido pela
FIFA, para esse serviço. O São Paulo informou que, após o início da crise
hídrica, passou a usar a água de uma mina para cuidar do campo. “Normalmente, a
água de reúso é mais do que suficiente, e já é usada em gramas e jardins pela
cidade”, afirma Édison Carlos, presidente do Instituto Trata Brasil.
A diferença de consumo entre os estádios do Corinthians e dos rivais tende a ser maior porque, no caso do São Paulo, o clube não informou qual das quatro contas de água ligadas à instituição refere-se ao estádio do Morumbi. A reportagem considerou todas elas para calcular a média de consumo. Na Vila Belmiro, estádio do Santos, o consumo foi de 2,7 milhões de litros. O litoral, contudo, não sofre com a crise hídrica.
A diferença de consumo entre os estádios do Corinthians e dos rivais tende a ser maior porque, no caso do São Paulo, o clube não informou qual das quatro contas de água ligadas à instituição refere-se ao estádio do Morumbi. A reportagem considerou todas elas para calcular a média de consumo. Na Vila Belmiro, estádio do Santos, o consumo foi de 2,7 milhões de litros. O litoral, contudo, não sofre com a crise hídrica.
Abastecida
pelo Sistema Alto Tietê, segundo manancial mais crítico da Grande São Paulo
(20,5% da capacidade), a arena corintiana recebeu cerca de 525 mil torcedores em
17 jogos oficiais do clube nos cinco primeiros meses do ano, a maior média da
capital, mas inferior à soma dos públicos no Allianz Parque (396 mil) e no
Morumbi (264 mil). O cálculo não inclui shows e outros eventos.
Em
fevereiro/15, por exemplo, o consumo de água potável no estádio alvinegro atingiu
o pico de 7,2 milhões de litros, gasto maior do que o registrado em junho de
2014 (5,1 milhões), quando a arena recebeu quatro jogos da Copa do Mundo, com a
capacidade ampliada para mais de 60 mil torcedores. Esse volume seria
suficiente para abastecer 500 residências durante um mês.
Em
nota, o Corinthians informou que havia um “vazamento interno escondido que
demorou para ser encontrado”. Segundo o clube, o problema “foi solucionado e a
conta voltou ao consumo normal”. As faturas emitidas pela Sabesp em abril e
maio mostram queda do gasto para 2,4 milhões e 2,1 milhões de litros,
respectivamente.
Em fevereiro, o consumo de água potável na Arena Corinthians atingiu o pico de 7,2 milhões de litros, gasto maior do que o registrado em junho de 2014, durante a Copa do Mundo.
Em fevereiro, o consumo de água potável na Arena Corinthians atingiu o pico de 7,2 milhões de litros, gasto maior do que o registrado em junho de 2014, durante a Copa do Mundo.
Fidelidade
Os quatro grandes clubes do
futebol paulista têm o chamado contrato de Demanda Firme com a Sabesp, que
concede tarifas vantajosas a grandes consumidores (mais de 500 mil litros por
mês) em troca de fidelidade.
No
caso do Palmeiras, porém, o consumo do Allianz Parque não está incluído no
contrato porque a conta está em nome da Construtora WTorre, que administra a
arena. O estádio fica na Pompeia, zona oeste, abastecida pelo Sistema Cantareira,
o mais crítico (-9,3% da capacidade), operando dentro do volume morto.
Já o
estádio são-paulino fica no Morumbi, zona sul, área de abrangência do Sistema
Guarapiranga, que tinha neste domingo, 21, 75,8% da capacidade e tem sido usado
pela Sabesp para socorrer bairros atendidos antes pelo Cantareira. (OESP)
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