Mulheres consumidoras podem
contribuir cada vez mais para o desenvolvimento sustentável.
Garantir padrões sustentáveis de
produção e compra é uma das propostas para os Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável, que ampliam os esforços inspirados pelos Objetivos do Milênio nos
últimos 15 anos.
Padrões
de consumismo sem freios começam a mudar, com as mulheres mais conscientes na
hora de comprar produtos que privilegiam a economia de água, energia e outros
recursos naturais.
As mulheres são donos de um poder
aquisitivo calculados em US 28 trilhões e
são responsáveis por cerca de 70% das decisões globais de compra, segundo dados
do Boston Consulting Group e publicações como a Harvard Business Review. Sua
imagem de alguém que sai do shopping de sacolas cheias e não se importa em estourar
o cartão de crédito está sendo substituída pela de quem privilegia os itens
cuja produção economize água, energia e outros recursos naturais e que dá
prioridade a produtos duráveis e recicláveis.
Esse e outros temas urgentes
relacionados ao consumo foram incorporados aos novos Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável (ODS) que devem ser adotados no fim de setembro
pelos Estados-membros da ONU. Garantir padrões sustentáveis de produção e
compra tornou-se a prioridade número 12 dos ODS, que ampliam os esforços
inspirados pelos Objetivos do Milênio nos últimos 15 anos.
“Os ODS não deixam ninguém para trás,
nem os países ricos nem os pobres. Tudo e todos vão ter que mudar inclusive o
setor privado que precisará de novos modelos de produção e consumo. Nós
mulheres podemos atuar nesse setor”, declarou a representante do Programa da
ONU para o Meio Ambiente (PNUMA) no Brasil, Denise Hamú.
Ações no Brasil
No Brasil, a Rede de Mulheres,
formada por 232 empresárias, altas executivas, autoridades e pesquisadoras de
todo o país, quer transformar a brasileira em porta-voz do consumo sustentável
no mundo em desenvolvimento. Entre as iniciativas positivas está a campanha
para reduzir em 5 bilhões a quantidade de sacolas plásticas usadas anualmente
no Brasil. Outra ação em curso busca estimular a fabricação de produtos de
limpeza concentrados e, ainda para, promover o uso correto de sabões,
detergentes, amaciantes e outros itens.
A pesquisa “O que o brasileiro pensa
do meio ambiente e consumo sustentável”, do Ministério do Meio Ambiente,
destaca que 100 milhões de pessoas adquiriram poder de consumo nos últimos
anos.
E, ao mesmo tempo, ⅔ dos brasileiros dizem
desconhecer o que é consumo sustentável; 62% conferem o rótulo dos produtos,
mas apenas 2% procuram saber se o produto é reciclável ou não; 18% descartam
computadores, notebooks e outros equipamentos tecnológicos no lixo. (ecodebate)
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