Dia Mundial da População: ONU destaca o acesso aos
cuidados de saúde reprodutiva
No
Dia Mundial da População, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu para
ser feito mais para ajudar aqueles que mais precisam de acesso aos cuidados de
saúde reprodutiva.
“Alerto
os Estados-Membros para uma ação concertada urgente para preencher a lacuna
entre a procura e a oferta de cuidados de saúde reprodutiva”, disse Ban Ki-moon
na mensagem que assinala este Dia, celebrado a 11 de Julho.
“Saúde
e direitos reprodutivos são essenciais para o desenvolvimento sustentável e
para a redução da pobreza. Investir no acesso universal à saúde reprodutiva é
um investimento fundamental nas sociedades saudáveis e um futuro mais
sustentável”, acrescentou.
Celebrado
anualmente, desde 1989, no dia 11 de Julho, o Dia Mundial das Populações alerta
para a importância das questões populacionais no contexto dos planos e
programas de desenvolvimento, e a necessidade de encontrar soluções para estas
questões.
“Desde
a criação da ONU, em 1945, a população mundial mais do que triplicou, e
continua a crescer”, referiu o Secretário-Geral. “Com mais de sete biliões de
pessoas a habitar atualmente o planeta, estamos perante procuras cada vez mais
exigentes de recursos compartilhados e de desafios importantes para que sejam
alcançados os objetivos de desenvolvimento acordados internacionalmente”.
O
tema deste ano para este Dia é “Acesso Universal aos Serviços de Saúde
Reprodutiva”, que visam destacar o papel essencial que a saúde reprodutiva
desempenha na criação de um mundo justo e equitativo.
“Trabalhar
para a sobrevivência e para o bem-estar das mulheres e meninas é um imperativo
dos direitos humanos. E para aproveitar o pleno potencial das mulheres no
desenvolvimento das suas nações, elas devem ser capazes de planear as suas
vidas e as suas famílias”, disse o Diretor Executivo do Fundo da ONU para as
Populações (UNFPA), Babatunde Osotimehin, na sua mensagem a propósito deste
Dia. “É por isso que a comunidade internacional está determinada a tornar o
acesso universal à saúde reprodutiva numa prioridade”.
Segundo
a UNFPA, os problemas de saúde reprodutiva continuam a ser principal causa de
doença e de morte em mulheres em idade fértil em todo o mundo. Perto de 222
milhões mulheres gostariam de evitar ou atrasar a gravidez devido à falta de
planeamento familiar eficaz, enquanto que cerca de 800 mulheres morrem todos os
dias em trabalhos de parto.
Osotimehin
disse que, ajudando a dar respostas às necessidades destas 222 milhões de
mulheres, iria ajudar a prevenir 21 milhões de nascimentos não planeados, a
ajudar a prevenir 79 mil mortes maternas e 1,1 milhão de mortes infantis.
Além
disso, ele disse que cerca de 1,8 mil milhões de jovens estão a entrar em idade
reprodutiva, muitas vezes sem os conhecimentos, capacidades e serviços de que
necessitam para se protegerem – e as suas necessidades e os direitos humanos
devem ser tratados com urgência.
“Temos
também de prestar especial atenção às necessidades específicas dos jovens –
particularmente raparigas adolescentes. Complicações na gravidez e de parto são
hoje relatados como sendo a principal causa de morte entre raparigas entre os
10 os 19 anos, na maioria dos países em desenvolvimento, enquanto que as
maiores taxas de doenças sexualmente transmissíveis estão entre os jovens com
idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos”, disse o chefe da agência da ONU
diz.
Acrescentou
ainda que o planeamento familiar é um direito humano básico, no entanto
“continua a ser insignificante, a menos que exista acesso a métodos
contraceptivos, informação e a serviços que lhes permitam exercer esse
direito”. (unric.org)
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