Estudo
revela que menor poluição do ar salvaria milhões de vidas
A poluição do ar é
responsável por cerca de 3,2 milhões de mortes ao ano.
Ao
menos três milhões de mortes poderiam ser evitadas no mundo anualmente com o
respeito às normas sobre a poluição do ar da Organização Mundial de Saúde
(OMS), especialmente na China e na Índia, destaca um estudo publicado em 16/06/15.
A
poluição do ar é responsável por cerca de 3,2 milhões de mortes ao ano, segundo
estimativa da OMS, o que supera os óbitos provocados pela Aids e a malária
juntas, destacam os autores do estudo, publicado na revista Environmental
Science and Technology.
Os
pesquisadores se concentraram principalmente nas partículas em suspensão no ar
inferiores a 2,5 mícrons, que podem penetrar profundamente nos pulmões,
aumentando o risco de doenças cardíacas e pulmonares, como enfisema e câncer,
assim como acidentes vasculares cerebrais.
Estas
partículas procedem da combustão do carvão nas centrais elétricas, do
escapamento dos automóveis e de outras emissões industriais. Nos países de
baixa renda são resultado da queima da lenha em fogões ou na calefação.
A
maioria da população mundial vive com concentrações superiores a 10 microgramas
por litro de ar, o máximo aceitável segundo a OMS, mas em algumas partes de
Índia e China tal índice supera os 100 microgramas.
"Tratamos
de determinar o quanto devem reduzir nos diferentes lugares do mundo estas
partículas para diminuir a mortalidade", explicou Joshua Apte, um dos
pesquisadores da Universidade do Texas.
O
modelo informático elaborado para este estudo "poderá ajudar a conceber
estratégias para proteger a saúde pública".
Índia
e China deveriam reduzir seu nível médio de partículas de 20 a 30% para manter
sua taxa atual de mortalidade, levando-se em conta sua progressão demográfica,
estimam os pesquisadores.
Mas
para chegar a 10 microgramas/litro seriam necessárias medidas drásticas: para
reduzir a média de mortalidade devido à poluição do ar os países mais
contaminados precisam baixar em 68% a densidade de micropartículas em relação
aos níveis de 2010.
Os
países da Ásia respondem por 72% dos 3,2 milhões de óbitos anuais causados pela
poluição do ar.
Nas
nações menos poluídas, como Estados Unidos, uma redução de 25% na concentração
de micropartículas salvaria 500 mil vidas anualmente. (idianews)
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