Brasil é o país com maior perda
anual de área florestal do mundo, diz relatório da FAO
O nível de desflorestamento
global diminuiu em 50% nos últimos 25 anos. Apesar do desmatamento
significativo, Brasil é o país com maior demarcação de reservas ecológicas no
mundo.
O relatório
publicado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura
(FAO) mostra que 129 milhões de hectares de floresta foram desmatados no mundo
nos últimos 25 anos. O estudo cobre 234 países e territórios e foi apresentado
em 08/09/15 em Durban, na África do Sul. Segundo o documento “Avaliação dos
Recursos Florestais Globais”, o Brasil apresenta a segunda maior área verde do mundo, com
políticas de preservação ambiental avançadas, porém, em contraste, registra uma
perda anual de floresta significativa.
A
África e a América do Sul foram os continentes com maior perda anual de verde
entre 2010 e 2015, com 2,8 e 2 milhões de hectares perdidos, respectivamente.
Mas o desflorestamento mostra tendências de redução nos últimos cinco anos por
meio de áreas de preservação ambiental e planejamento ecológico.
As
emissões de gás carbônico vindas das florestas diminuíram mais de 25% entre
2001 e 2015, principalmente pela redução do desmatamento. “A Gestão Florestal
tem se desenvolvido ao longo dos últimos 25 anos. Isso inclui planejamento,
acesso à informação, legislação e políticas de controle – muitos passos que os
países tomaram ou estão tomando”, afirmou o líder da equipe de elaboração do
relatório, Kenneth MacDicken.
A
Europa, Américas Central e do Norte apresentaram menores demarcações de áreas
de reserva ecológica comparando a relatórios anteriores. A Ásia também
apresentou menos áreas de preservação ambiental nos últimos cinco anos do que
entre 2000 e 1010, mas mostrou aumento em relação à década de 1990.
“Notamos
uma mudança positiva, mas precisamos fazer mais. Nós não vamos conseguir ter
desenvolvimento sustentável e reduzir os impactos das mudanças climáticas se
não preservarmos nossas florestas”, advertiu o diretor-geral da FAO, José
Graziano da Silva. De acordo com a publicação, a ameaça da perda da
biodiversidade refletida na perda da floresta primária persiste.
O
estudo mostra a importância do verde para a economia global e o meio ambiente.
O setor florestal injeta 600 bilhões de dólares anualmente para o produto
interno bruto (PIB) mundial e oferece empregos para mais de 50 milhões de
pessoas. “Florestas desempenham papel fundamental no combate à pobreza, na garantia
da alimentação e para a subsistência. Também contribuem para a purificação do
ar e água, a conservação da biodiversidade e combate às mudanças climáticas”,
afirmou Graziano. (ecodebate)
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