Desenvolvimento
sustentável: 231 indicadores vão medir progresso dos ODS
O
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou em 26/04/16 a
instituições formadoras e usuárias de informação no Brasil os Indicadores
Globais de Desenvolvimento Sustentável para Monitoramento da Agenda 2030.
São 231 indicadores construídos para fazer o acompanhamento e medir o progresso
na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Os
17 ODS, expressos em 169 metas, representam o eixo central da Agenda 2030 para
o Desenvolvimento Sustentável, que entrou em vigor no dia 1º de janeiro último.
Eles vão orientar as ações nas três dimensões do desenvolvimento sustentável –
econômica, social e ambiental – em todos estados-membros das Nações Unidas até
2030.
“Os
indicadores são a dimensão técnica das políticas públicas para alcançar os
ODS”, disse a presidente do IBGE, Wasmália Bivar. “A partir dos indicadores vai
ser possível avaliar a evolução dos fenômenos ambientais, sociais e econômicos
sobre os quais as políticas estão intervindo. E tem que considerar as dimensões
regionais, nacionais e global, porque, por exemplo, na área de meio ambiente os
fenômenos não respeitam as fronteiras político-administrativas”, explicou.
A
lista final de indicadores será apresentada aos países na 71ª Assembleia Geral
das Nações Unidas, em setembro deste ano.
Participação
brasileira
O
IBGE representou os países do MERCOSUL e o Chile no Grupo Interagências e
Peritos sobre os Indicadores para o Desenvolvimento Sustentável, criado no
âmbito da Comissão de Estatística da ONU, responsável pelo desenvolvimento dos
indicadores em nível global.
Segundo
Wasmália, o grupo trabalha atualmente na classificação e propostas de
metodologias de aplicação dos indicadores. “Mesmo os indicadores tradicionais
têm problemas. Taxa de desocupação, por exemplo, o mundo inteiro faz. Mas o
indicador é, além de sexo e idade, também por deficiência. O estoque de peixe é
um dos indicadores do objetivo 14, sobre oceanos e mares, e a metodologia é de aplicação
mundial, não pode ser aplicada nacionalmente”, disse a presidente do IBGE, que
foi eleita, em março, para presidir a Comissão de Estatísticas da ONU.
Ela
explica que há várias metodologias a serem aplicadas em nível mais específico e
global, outras ainda em construção, especialmente na área de meio ambiente,
segurança, justiça, que têm temas mais controversos. “Estamos trabalhando nessa
classificação, onde existem metodologia e dados. Há outros onde a metodologia
existe, mas foi aplicada em poucas áreas, então as informações precisam ser
geradas. E casos mais críticos que não existem dados nem metodologia”, disse.
Rodadas
de avaliação e revisão dos indicadores deverão ser feitas em 2017, 2020 e 2025.
Além de mensurar os resultados, o conjunto de indicadores visa apoiar o
planejamento de políticas públicas por todas as esferas e níveis governamentais
e, também, garantir transparência e responsabilidade de todos os atores,
incluindo o setor privado e a sociedade civil. (ecodebate)
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