Em
2016, foram geradas 45 milhões de toneladas de resíduo eletrônico.
Matérias-primas no valor de 55 bilhões de euros foram descartadas.
Apenas
20% dos resíduos gerados com eletrônicos foram reciclados.
A
quantidade de lixo eletrônico gerada em 2016 alcançou o recorde de 45 milhões
de toneladas, revelou um estudo da ONU divulgado. Com o descarte de televisões,
celulares e outros produtos, são desperdiçados metais, como ouro e cobre.
O
volume de lixo eletrônico descartado aumentou 8% em relação a 2014, quando foi
de 41 milhões de toneladas. Segundo o estudo, elaborado pela Universidade da
ONU em parceria com a União Internacional de Telecomunicações da ONU e
Associação Internacional de Resíduos Sólidos, o peso do lixo eletrônico gerado
no ano passado é equivalente a cerca de 4,5 mil Torres Eiffel.
Salários
mais altos e preços de eletrônicos em queda, desde painéis solares até
geladeiras, são os principais fatores que impulsionaram o aumento da quantidade
de eletrônicos jogados fora. O consumismo e o valor de consertos, que muitas
vezes custam mais que comprar um aparelho novo, também contribuíram para esse
crescimento.
O
estudo mostrou ainda que apenas 20% do lixo eletrônico gerado no ano passado
(8,9 milhões de toneladas) foram reciclados em 2016. A grande maioria destes
resíduos – que incluem tudo que possui bateria ou precisa ser ligado na tomada
– acaba em aterros sanitários, mesmo que a reciclagem faça sentido
economicamente. O valor das matérias-primas, entre elas, ouro, cobre, platina e
paládio, contidas neste lixo em 2016 é estimado em 55 bilhões de euros.
"Ainda
é chocante que apenas 20% destes resíduos sejam coletados e reciclados”,
afirmou o diretor do Programa de Ciclos Sustentáveis da Universidade da ONU,
Ruediger Kuehr.
O
estudo prevê que, em 2021, o volume de lixo eletrônico gerado alcançará 52,2
milhões de toneladas. A China foi o país que mais produziu esse tipo de resíduo
em 2016, 7,2 milhões de toneladas, seguida pelos EUA (6,3 milhões de
toneladas). Já o Brasil produziu 1,5 milhão de toneladas, sendo o país da
América Latina que mais gera esse tipo de lixo.
A
Austrália e a Nova Zelândia são os países que mais geraram lixo eletrônico por
habitante, cerca de 17,3 quilos. Mas apenas 6% desse volume foi reciclado. A
Europa possui a maior taxa de coleta desse material, 35%.
A
ONU fez um alerta sobre a situação e pediu que seja ampliada a reciclagem de
lixo eletrônico, que representa uma séria ameaça ao meio ambiente e à saúde.
Para diminuir o desperdício, Kuehr sugeriu ainda a criação de um sistema no qual consumidores não adquiram mais produtos, mas apenas os serviços que eles oferecem. Dessa maneira, as empresas continuariam sendo donas dos produtos e forneceriam os reparos necessários. Para o diretor da ONU, esse modelo incentivaria a reciclagem e o descarte correto desses resíduos. (cartacapital)
Para diminuir o desperdício, Kuehr sugeriu ainda a criação de um sistema no qual consumidores não adquiram mais produtos, mas apenas os serviços que eles oferecem. Dessa maneira, as empresas continuariam sendo donas dos produtos e forneceriam os reparos necessários. Para o diretor da ONU, esse modelo incentivaria a reciclagem e o descarte correto desses resíduos. (cartacapital)
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