Cetáceo é encontrado ainda
vivo na Tailândia, mas equipes de resgate não conseguem salvá-lo. Autópsia
revela cerca de oito quilos de sacolas no estômago do animal.
Autoridades tailandesas
publicaram foto das mais de 80 sacolas plásticas encontradas em estômago de
baleia
Mais de
80 sacolas de plástico foram encontradas no estômago de uma baleia
que morreu no sul da Tailândia após vômitos e convulsões, informou em 03/06/18
a imprensa local.
O animal havia sido resgatado
após ser avistado na segunda-feira, flutuando inerte e incapaz de nadar, no
canal de Songhkla, mas acabou morrendo na sexta-feira devido à obstrução
intestinal.
Antes de morrer, a
Baleia-piloto-de-aleta-curta expulsou pela boca cinco bolsas de plástico entre
espasmos.
Segundo informou o
departamento de Recursos Litorâneos e Marítimos do país, a autópsia revelou que
a baleia tinha mais de 80 bolsas de plástico no estômago, com um peso total de
oito quilos.
Vídeo publicado pelas
autoridades tailandesas registra autópsia na baleia
Na quinta-feira, as
autoridades tailandesas publicaram fotos da tentativa de salvamento. As imagens
mostram equipes de resgate tentando evitar o ressecamento do animal
empregando, entre outros, um guarda-sol.
A baleia-piloto-de-aleta-curta,
ou baleia-piloto-de-peitorais-curtas, chega geralmente a medir
entre cinco a sete metros de comprimento e pesar até três toneladas.
Diferentemente da baleia-piloto comum, encontrada em regiões mais frias, ela
também vive em zonas de águas relativamente quentes.
O Greenpeace denunciou que
oito milhões de toneladas de lixo vão parar todos anos nos oceanos.
Entre os dejetos, estão
trilhões de bolsas ou fragmentos de plástico que causam todos os anos a morte
de milhares de exemplares da fauna marinha.
O
consumo de sacolas plásticas pelo mundo
Alemanha
O uso de sacolas de pano ou
de papelão para carregar compras é hábito de boa parte da população alemã.
Sacolas plásticas são vendidas nos supermercados por € 0,05 e € 0,10. Ainda
assim, somente em Berlim, 30 mil sacolinhas deixam lojas e mercados por hora.
Em toda a Alemanha, em torno de 17 milhões de sacolas plásticas são consumidas
por dia – ou 6 bilhões por ano.
Argentina
Assim como na Alemanha, é
hábito de muitos portenhos levar sacolas próprias para carregar as compras. Em
setembro de 2008, o governo da Província de Buenos Aires (território à parte da
capital, mas com quase 40% da população do país) aprovou lei para banir o uso e
a comercialização das sacolas plásticas. A intenção é eliminá-las completamente
até 2016.
Bangladesh
O país asiático foi o
primeiro do mundo a banir completamente a utilização e a comercialização de
sacolas plásticas, em 2002. A exemplo de outros países em desenvolvimento, como
Quênia e Ruanda, Bangladesh baniu as sacolas plásticas depois que resíduos
originários delas ajudaram a inundar até dois terços do país em enchentes que
ocorreram em 1988 e 1998.
China
A China baniu o uso de
sacolas plásticas em 1º de junho de 2008. Quatro anos depois, o governo chinês
declarou que o país economizou 4,8 milhões de toneladas de petróleo, o
equivalente a 6,8 milhões de toneladas de carvão, sem contar as 800 mil
toneladas de plástico não utilizadas.
Espanha
O governo espanhol aprovou o
Plano Nacional Integrado de Resíduos, em 2010. Uma série de regras pretendia
diminuir e possivelmente banir o uso de sacolas plásticas até o fim de 2015.
Com isso, supermercados começaram a planejar ações para reduzir o consumo, como
dar desconto aos clientes para cada sacola não consumida.
Estados Unidos
São Francisco foi a primeira
cidade americana a banir sacolas plásticas, em 2007. Seguindo a linha, o estado
da Califórnia aprovou, no ano passado, uma lei que proíbe a distribuição
gratuita – e consequente utilização – das sacolas. Problema: o lobby
industrial. A medida só será aprovada em referendo em novembro de 2016.
França
Para frear a poluição e
reduzir a produção de lixo, em junho de 2014 o governo francês resolveu agir
rumo ao banimento das sacolas plásticas. Nos supermercados franceses, elas
devem desaparecer a partir de janeiro de 2016. Não será a primeira vez que os
comerciantes vão encarar uma drástica redução no consumo de sacolas: em 2002,
elas eram 10,5 bilhões; em 2011, 700 milhões.
Em 2002 a Irlanda introduziu
uma taxa de £ 0,15 por sacola plástica e, com isso, diminuiu em até 94% o
consumo do produto. Em 2007, a taxa ainda subiu para £ 0,22.
Itália
Desde junho de 2013, a Itália
obriga estabelecimentos comerciais a vender sacolas plásticas biodegradáveis. A
medida levou a uma disputa com o Reino Unido, que questiona a validade da lei
perante as regras no mercado interno da União Europeia. Especialistas criticam
ainda o real benefício dessas sacolas para o meio ambiente.
Mauritânia
O país do noroeste da África
proibiu, no início de 2013, a comercialização e utilização de sacolas
plásticas. O principal motivo é nobre: a preservação ambiental e proteção dos
animais. Até o fim de 2012, constatou-se que pelo menos 70% das mortes
acidentais de bois e ovelhas no país ocorriam devido à ingestão de plástico.
Reino Unido
Desde setembro de 2013, o
Reino Unido cobra £ 0,05 por sacola do consumidor. O motivo é óbvio: apenas em
2013, os supermercados distribuíram gratuitamente mais de 8 bilhões de sacolas
plásticas, o que significa 130 sacolas por pessoa. Mais: o número equivale a 57
mil toneladas de sacolas plásticas durante um ano. (dw)
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