Estudo revela a importância de levar em consideração
os impactos climáticos da água no planejamento da rede elétrica.
A confiabilidade da rede sob as mudanças climáticas
pode exigir mais capacidade de geração de energia do que o estimado.
Os pesquisadores criaram uma nova
abordagem de modelagem que explica os impactos do clima e da água no
desenvolvimento da infraestrutura elétrica.
A nova análise compara os
resultados com as abordagens de modelagem tradicionais que podem ou não
considerar os impactos climáticos, revelando que a rede elétrica dos EUA pode
precisar de mais capacidade do que se pensava para se adaptar às futuras
condições climáticas da água.
As adaptações incluem construção
adicional de gás natural e renovável e, junto com as compensações regionais da
geração de eletricidade, levam ao menor uso de água e emissões de carbono,
potencialmente ajudando a mitigar as mudanças climáticas.
Uma
nova análise de pesquisadores de laboratórios
nacionais e universitários aplicou uma nova abordagem de modelagem para o
planejamento de infraestrutura de geração de eletricidade em longo prazo, que
considera as condições futuras do clima e dos recursos hídricos. Comparado
às projeções tradicionais, que não consideram os impactos climáticos da água na
geração de eletricidade, os resultados dessa nova abordagem mostram que a rede
elétrica nacional pode precisar de 5,3% a 12% adicionais da capacidade de
geração de energia para atender aos requisitos de demanda e
confiabilidade. As mudanças reduziriam o uso da água e as emissões de
carbono, potencialmente ajudando a mitigar futuras mudanças climáticas.
A
atual rede norte-americana depende fortemente de usinas termelétricas que usam
carvão, nuclear e gás natural; estes são afetados por temperaturas
ambientes quentes e precisam de grandes quantidades de água para fins de
resfriamento. Fontes de energia renováveis, como energia solar
fotovoltaica e eólica, requerem quantidades mínimas de água para operação, pois
não precisam de refrigeração, mas essas tecnologias desempenham um papel muito
menor na geração de energia na rede elétrica atual. As diferenças
regionais na configuração e desenvolvimento da rede elétrica até o ano 2050,
juntamente com as mudanças na disponibilidade de água e clima, sugerem que
algumas regiões podem enfrentar desafios de confiabilidade de energia.
Com
o estudo, os pesquisadores fizeram quatro perguntas:
Como
as condições futuras do clima e dos recursos hídricos afetarão quatro cenários
de infraestrutura de eletricidade?
Como
o novo método de modelagem dos impactos climáticos da água na geração de
eletricidade se compara aos esforços anteriores?
Que
tipos de opções tecnológicas seriam necessários para se adaptar às condições
climáticas futuras da água e atender a níveis confiáveis de geração de
eletricidade?
Quais
são as implicações econômicas e ambientais resultantes?
Para
responder a essas perguntas, a equipe de pesquisa primeiro simulou cenários de
expansão de capacidade para quatro misturas de eletricidade, favorecendo
diferentes tipos de tecnologia (carvão, nuclear, solar e negócios como de
costume) sem considerar os impactos climáticos da água.
Essas
projeções para o ano de 2050 forneceram um entendimento básico dos resultados
usando as atuais abordagens de expansão de capacidade. Para o próximo
passo, os pesquisadores levaram em consideração os impactos climáticos da água
em cada mix de eletricidade.
Essa
abordagem permitiu avaliar seu efeito em diferentes tipos de sistemas e
elucidar possíveis etapas de adaptação necessárias para que cada um atendesse
às demandas de energia. Sua análise constatou que as margens de reserva de
capacidade caem abaixo de certos níveis de confiabilidade quando as projeções
de capacidade não são responsáveis pelos impactos climáticos da água ou
quando tentam, mas não incluem verificações de viabilidade. (ecodebate)
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