Apesar de sempre estarmos
afoitos à espera do verão, a estação vem se comportando de forma irregular e
nos surpreendendo com temperaturas mais baixas. Mas não estranhem, pois tudo
isso tem uma explicação.
O último verão teve picos de
temperaturas elevadas nos meses de dezembro, janeiro e em fevereiro, em
especial na capital paranaense, Curitiba, e em toda a região Sul de forma
geral. Essas nuances são justificadas pelo solstício de verão — quando o sol
está no ponto mais alto, evento que determina a estação.
A imprevisibilidade nesta
época se dá pelos oceanos. Como eles estão neutros, não tivemos os fenômenos do
El Niño e La Niña, que são respectivamente responsáveis pelo aquecimento e
esfriamento da água do Oceano Pacífico. Já no Oceano Atlântico, que também
influencia muito na temperatura, a oscilação ocorre muito mais rapidamente, com
picos de temperaturas acima e abaixo do normal. Este comportamento faz com que
o clima não tenha padrão.
O neutro é a pior situação
que pode ocorrer, com dois extremos: o excesso de chuva e depois um longo
período de tempo de seca.
Do outro lado do mundo vemos
a Antártida perdendo 2,7 trilhões de toneladas de gelo em 25 anos, e chegando a
temperaturas próximas a 20°C. No hemisfério norte, no Ártico, os ursos polares,
tendo em vista as mudanças climáticas e a falta de alimentos, estão ameaçados
pelo canibalismo, rumo à extinção.
Diante de todas essas
mudanças climáticas, outro fator assusta. Muitos terão perdas por excesso de
chuva e outros por falta de chuva. O que se tem de previsibilidade é que o
verão será mais curto e o inverno mais rigoroso, em especial para a região Sul
do Brasil.
Seca no Irã: muitos
agricultores não podem recorrer a seguros para ajudar nas perdas de safra.
Imprevisibilidade climática
veio para ficar.
Muita chuva num ano, seca no
próximo, temperaturas congelantes no seguinte: variabilidade das condições
climáticas como novo normal deve afetar agricultura e pode provocar escassez de
alimentos, afirma diretor da FAO. (ecodebate)
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