quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Desmatamento na Amazônia cresce 13,7% em dezembro

Desmatamento na Amazônia cresce 13,7% em dezembro/2020, diz INPE.
O desmatamento na Amazônia aumentou 13,7% em dezembro/2020 na comparação com o mesmo mês de 2019, mostraram dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que também apontaram que 2020 foi o segundo ano com maior área desmatada desde que o INPE adotou uma nova versão do sistema Deter para monitorar os alertas de desmatamento.

De acordo com os dados do INPE, os alertas de desmatamento na Amazônia somaram 216 km2, contra os 190 km2 de dezembro/2019. Para todo o ano de 2020, a área desmatada apontada pelo Deter foi de 8.426 km2, uma queda de 8,2% em relação a 2019, mas ainda 70,2% maior do que em 2018.

Dado significa que os 2 primeiros anos do governo do presidente Jair Bolsonaro, um defensor da exploração econômica da Amazônia, como legalização do garimpo, detêm os 2 maiores registros de desmatamento da série histórica da nova versão do sistema do Deter.

"Bolsonaro tem 2 anos de mandato e os 2 piores anos de Deter ocorreram na gestão dele. Queimadas, tanto na Amazônia quanto no Pantanal, também cresceram por 2 anos consecutivos. Não é coincidência e sim o resultado das políticas de destruição ambiental implementadas pelo atual governo”, avaliou Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima em nota distribuída pela entidade.

Em novembro, o INPE anunciou que o desmatamento anual da Amazônia, medido entre agosto de um ano a julho do ano seguinte, foi o maior em 12 anos no período 2019/2020. De acordo com o sistema Prodes, que mede o desmatamento anual da floresta, 11.088 km2 de área foram perdidos, aumento de 9,5% em relação a 2018/2019.

O governo Bolsonaro é alvo de críticas de ambientalistas e também de pressão internacional por causa do aumento do desmatamento da Amazônia, assim como pelo crescimento das queimadas tanto na Floresta Amazônica como no Pantanal.

O aumento do desmatamento da Amazônia ocorre mesmo com a mobilização das Forças Armadas, destacadas para conter a perda florestal e os crimes ambientais na região.

Procurado, o Ministério do Meio Ambiente não respondeu de imediato a um pedido por comentários. (noticiasagricolas)

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