O
gelo marinho ao redor da Antártida apresenta um comportamento complexo.
Essa
camada que congela sobre o Oceano Antártico diminuiu na primeira metade do
século passado, mas depois aumentou nas últimas décadas do século XX. Enquanto
o gelo no resto do mundo diminuía devido às mudanças climáticas o bloco de gelo
ao redor do continente meridional aumentava.
Em
pesquisa recente publicada na revista Nature Climate Change por uma equipe de
pesquisadores da Universidade de Ohio comprovaram que a quantidade de gelo
marinho aumentou até 2015. A despeito das variações anuais, a reta de tendência
dos dados mensais estava sempre direcionada para cima e a inclinação era
positiva.
Vinte
anos atrás, uma área de gelo de quase 500 bilhões de toneladas separou-se
dramaticamente do continente antártico e se despedaçou em milhares de icebergs
no Mar de Weddell. A plataforma de gelo Larsen B de 3.250 quilômetros quadrados
era conhecida por derreter rapidamente, mas ninguém havia previsto que levaria
apenas um mês para o comportamento de 200 metros de espessura se desintegrar
completamente.
Agora em 2022, glaciologistas alertaram que algo ainda mais alarmante estava acontecendo na camada de gelo da Antártida Ocidental – grandes rachaduras e fissuras se abriram tanto no topo quanto embaixo da geleira Thwaites, uma das maiores do mundo. A plataforma Thwaites faz a Larsen B parecer um pingente de gelo, pois é cerca de 100 vezes maior e contém água suficiente para elevar o nível do mar em todo o mundo em mais de meio metro.
O fato é que o degelo dos polos, da Groenlândia e dos glaciares já começou e tende a se acelerar nas próximas décadas. Muitas áreas litorâneas vão ficar debaixo d’água e os danos sociais e econômicos serão incalculáveis. (ecodebate)
Nenhum comentário:
Postar um comentário