Com estudos recentes tendo
estabelecido a presença de partículas nano e microplásticas nos sistemas
respiratórios de populações humanas e de aves, um novo estudo da Universidade
de Tecnologia de Sydney (UTS) modelou o que acontece quando as pessoas respiram
diferentes tipos de partículas de plástico e onde acabam.
A equipe de pesquisa usou a
dinâmica computacional de partículas de fluidos (CFPD) para estudar a
transferência e deposição de partículas de diferentes tamanhos e formas,
dependendo da taxa de respiração.
Os resultados da modelagem, publicados na revista Environmental Advances, identificaram pontos de acesso no sistema respiratório humano, onde as partículas de plástico podem se acumular, na cavidade nasal, na laringe e nos pulmões.
Pesquisa em piscinões inicia mapeamento de microplásticos na Grande São Paulo
Análises surpreenderam ao
revelar elevada quantidade de partículas de pneus transportada na água da
chuva. Porém, ainda faltam estudos para determinar se fragmentos de polímeros
realmente podem causar danos à saúde humana.
Os principais tipos são
fabricados intencionalmente, incluindo uma grande variedade de cosméticos e
produtos de cuidados pessoais, como pasta de dente.
Os secundários são fragmentos
derivados da degradação de produtos plásticos maiores, como garrafas de água,
recipientes de alimentos e roupas.
Extensas investigações identificaram
os têxteis sintéticos como uma das principais fontes de partículas de plástico
transportadas pelo ar, enquanto o ambiente externo apresenta uma infinidade de
fontes que abrangem aerossóis contaminados do oceano para partículas
originárias do tratamento de águas residuais.
A modelagem da equipe descobriu que a taxa de respiração, juntamente com o tamanho e a forma de partículas, determinada onde no sistema respiratório as partículas de plástico seriam depositadas. As taxas de respiração mais rápida levaram a uma maior deposição no trato respiratório superior, particularmente para microplásticos maiores, enquanto a respiração mais lenta facilitou a penetração mais profunda e a deposição de partículas monoplásticas menores.
(ecodebate)
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