Para Nottus, primavera será
benéfica para sistema.
Primavera começa com ondas de
calor e volta das chuvas regulares; veja como fica o tempo na estação
Começo foi em 22/09/24 e deve ter temperaturas um pouco mais próximas da normalidade. Expectativa é que o fenômeno La Niña se instale nos próximos meses e seja de fraca intensidade.
Chuva deve voltar a ser regular no país durante a primavera.
Se o fim do inverno ficou
marcado no Brasil pela maior seca da história, a primavera deve trazer um
alívio com o retorno das chuvas regulares. A nova estação começou às 9h44hs,
horário de Brasília, de 22/09/24 e se estende até as 6h21hs de 21/12/24.
Apesar da volta prevista das
chuvas, ainda há risco de novas ondas de calor, especialmente na primeira
quinzena do mês de outubro.
Segundo Vinicius Lucyrio,
meteorologista da Climatempo, os próximos meses devem ser característicos de
transição de um padrão mais seco e quente para um calor mais ameno e úmido.
"Vamos passar de uma
condição de calor mais extremo e seco para uma condição de temperaturas mais
moderada, um calor bem abafado e com umidade alta", analisa.
De acordo com a Climatempo,
as principais tendências para a primavera são:
• Temperaturas mais próximas
da normalidade ao longo da estação
Ainda no início da primavera,
a tendência é de temperaturas altas, bem acima da média. Mas, a média que os
meses avançam, o esperado é que os desvios de temperaturas se normalizem.
"Até dezembro ainda tem
uma boa condição para temperaturas acima da média. A diferença é que não vai
ser tão extremo, como foi no ano passado, por exemplo", explica Lucyrio.
Segundo o meteorologista, é
bem improvável que grandes ondas de calor aconteçam nos meses de novembro e
dezembro, como aconteceu em 2023.
Boa parte do Centro-Norte e
algumas regiões de São Paulo, Paraná e Minas Gerais devem registrar marcas
acima da média, principalmente entre outubro e novembro.
Já em dezembro, as temperaturas devem ficar bem mais próximas da normalidade, situação muito diferente do observado no ano passado.
Temperaturas na primavera
Volta das chuvas regulares
Ao longo da estação, a
previsão é que as chuvas voltem a cair sobre o país de forma mais regular.
(veja a situação de cada região abaixo)
Esse
retorno deve contribuir para que as ondas de calor se limitem às áreas do
Centro-Norte. Assim, somente a região entre Pará, Tocantins, parte do Nordeste
e norte de Goiás devem ter ondas de calor ao longo também de novembro.
"Também diferente do que
tivemos no ano passado, devemos ter o retorno mais antecipado das chuvas na
maior parte do Brasil, já em novembro", projeto Lucyrio.
A tendência é que os volumes
superem a média em várias partes do Centro-Sul. No Norte, a chuva deve demorar
um pouco mais para retornar e para que os acumulados sejam mais significativos.
Dezembro deve ser marcado pelas pancadas de chuva já mais típicas de verão, com a região Sul um pouco mais seca do que o normal – já sob o efeito do La Niña.
Chuvas na primavera
Retorno das chuvas
Já a partir de outubro a
chuvas devem voltar a acontecer de forma mais regular no país. Mas, o retorno
deve acontecer aos poucos ao longo da estação.
- No primeiro mês da
primavera, a chuva deve voltar a ser mais constante na faixa entre Paraná e São
Paulo, passando pelo sul de Goiás e se estendendo até boa parte do Amazonas e o
Acre.
- Já em novembro, deve
retornar para o restante do Sudeste e do Centro-oeste, além do norte do
Amazonas, Roraima e Sul do Pará.
- Por fim, em dezembro, a chuva volta para o sul da Bahia, Tocantins e Pará.
Retorno das chuvas
Chegada do La Niña
Outro evento que deve
influenciar o clima ao longo da estação é a instalação do fenômeno La Niña.
O La Niña ocorre quando há o
resfriamento da faixa Equatorial Central e Centro-Leste do Oceano Pacífico. Ele
é estabelecido quando há uma diminuição igual ou maior a 0,5°C nas águas do
oceano. O fenômeno acontece a cada 3 ou 5 anos.
Atualmente, o Oceano Pacífico
está na chamada fase neutra, quando não há atuação de nenhum dos dois
fenômenos.
Segundo o relatório da
Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na
sigla em inglês) divulgado em 11/09/24, há 60% de chance da consolidação do La
Niña entre outubro e novembro.
"As anomalias negativas
no pacífico devem se intensificar ao longo da estação. É bem provável que o La
Niña se instale nessa estação", analisa Vinicius Lucyrio.
Apesar da previsão de
instalação do fenômeno, a tendência é que ele seja de fraca intensidade. Isso
porque o aquecimento dos oceanos, de maneira geral, deve amenizar os efeitos do
La Niña.
Com a previsão de baixa
intensidade, o fenômeno deve ter pouca influência nas chuvas no Brasil. Os
efeitos clássicos no país costumam ser:
• Aumento de chuvas no Norte
e no Nordeste;
• Tempo seco no Centro-Sul,
com chuvas mais irregulares;
• Tendência de tempo mais
seco no Sul;
• Condição mais favorável para a entrada de massas de ar frio no Brasil, gerando maior variação térmica.
Primavera será de tempo mais seco no Rio Grande do Sul
Estação será marcada pelo fenômeno La Niña, segundo coordenador do Simagro, meteorologista Flávio Varone. (g1)
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