Quais são os países onde as
pessoas vivem mais? Aqui está o mapa geográfico da longevidade.
As taxas de mortalidade
sempre foram altas na maior parte da história humana. Mas isto começou a mudar
no século XIX com o desenrolar da Revolução Industrial e Energética que
possibilitou o crescimento na oferta de alimentos, a expansão da produção de
bens e serviços, a melhora no sistema de transporte e comunicações e o aumento
da renda e do consumo da população mundial.
Por volta do ano 1800, a
expectativa de vida ao nascer da população mundial estava em torno de 25 anos.
Subiu para algo em torno de 30 anos em 1900, para pouco menos de 50 anos em
1950 e está próxima de 75 anos atualmente. Ou seja, nos últimos 200 anos a
expectativa de vida ao nascer praticamente triplicou. Isto nunca tinha acontecido
antes e nem acontecerá no futuro. A redução das taxas de mortalidade foi a
maior conquista social (e de direitos humanos) da história da humanidade.
O gráfico abaixo, com dados
da Divisão de População da ONU (revisão 2024), mostra que a expectativa de vida
ao nascer (Eo) do mundo era de 46,4 anos em 1950 e passou para 73,2 anos em
2023, um aumento de 58% em 73 anos. No mesmo período, o continente africano
teve a Eo subindo de 37,2 anos para 63,8 anos, um aumento de 71%, crescimento
acima da média global.
A América Latina e Caribe
(ALC) tinha uma Eo de 48,7 anos em 1950 e passou para 75,7 anos em 2023, um
aumento de 55% no período, um avanço aproximadamente no mesmo ritmo da média
global. A Ásia tinha uma Eo de 42 anos em 1950 e passou para 74,6 anos em 2023,
um aumento de 78% no período, o ritmo mais acelerado de aumento do tempo médio
de vida entre os continentes.
Os dados mostram que a Eo avançou em todo o mundo e que houve um processo de convergência do tempo médio de vida. Ou seja, os diferenciais de Eo estão diminuindo entre os continentes e somente a África permanece com uma Eo abaixo da média mundial, mas com um diferencial menor em relação aos continentes com maior longevidade.
Sem dúvida, os ganhos da
expectativa de vida ao nascer no mundo foram extraordinários e as desigualdades
entre os continentes diminuíram.
As projeções da Divisão de
População da ONU indicam que a Eo vai continuar crescendo ao longo do século
XXI, embora em ritmo de avanço cada vez menor.
Há dúvidas sobre a extensão
da longevidade. Mas o importante é viver bem e não ir além das possibilidades
de uma maturidade saudável, ativa e colaborativa.
Avanços e diferenças na
expectativa de vida dos continentes
Somente a África permanece
com uma expectativa de vida ao nascer (Eo) abaixo da média mundial, mas com um
diferencial menor em relação aos continentes com maior longevidade. (ecodebate)
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