Em relatório recém divulgado
pela OMM, o La Niña vigente é definido como um “evento fraco” e incapaz de
frear o aumento das temperaturas globais - no ano passado, meteorologistas já
se preocupavam com o atraso do início do fenômeno.
Mas isso não significa, necessariamente, que teremos um retorno rápido do El Niño, fenômeno que alterna com o La Niña e geralmente provoca temperaturas mais altas nas regiões tropicais, como no Brasil.
Fevereiro em São Paulo e outras regiões do Brasil enfrentaram onda de calor. Ao todo, já foram 5 fenômenos do tipo no País em 2025.
“Previsões dos Centros
Globais de Produção da OWM indicam que as atuais temperaturas da superfície do mar,
mais frias que a média no Pacífico equatorial, devem retornar ao normal”, diz a
OMM.
“Há uma probabilidade de 60%
de que as condições voltem a condições neutras de ENSO (nem El Niño nem La
Niña) durante março-maio de 2025, aumentando para 70% em abril-junho de 2025”.
Ou seja, o fenômeno pode
durar cerca de seis meses, enquanto em condições normais, segundo o Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, poderia ter mais de um ano de
duração.
Probabilidade de desenvolvimento do El Niño, conforme a OMM, é “insignificante” durante o período de previsão, de março a junho. Incerteza nas previsões de longo prazo é “maior que a usual” devido à barreira de previsibilidade da primavera boreal, afirma a organização.
O que é o La Niña?
O La Niña consiste no
resfriamento em grande escala das temperaturas da superfície do Oceano Pacífico
equatorial, especialmente na sua região central e oriental. Ele causa mudanças
na circulação atmosférica tropical, incluindo os ventos, a pressão e os padrões
de chuva. Geralmente, anos sob influência do La Niña são mais frios, enquanto
os de El Niño são mais quentes.
As mudanças climáticas têm
bagunçado os fenômenos e é a isso que a OMM credita este La Niña mais fraco -
nos primeiros meses de 2025, o Brasil e o mundo têm batido recordes de calor em
meio ao fenômeno, que deveria provocar resfriamento maior que o do El Niño,
influente nos últimos anos.
“As mudanças climáticas induzidas pelo homem estão aumentando as temperaturas globais, exacerbando o clima e o tempo extremos, e impactando os padrões sazonais de chuva e temperatura”, ressalta o relatório divulgado pela organização mundial.
Com temperaturas da superfície do mar acima do normal previstas para persistir em todos os principais oceanos — exceto pelo Pacífico oriental próximo ao equador —, as últimas previsões do relatório Atualizações Climáticas Sazonais Globais regulares (GSCU, na sigla em inglês) indicam temperaturas acima da média em quase todas as áreas terrestres do mundo. (msn)
Nenhum comentário:
Postar um comentário