Mesmo sob efeito La Niña, o
verão de 2024/2025 foi o sexto mais quente já registrado no Brasil, segundo o
Inmet, com temperaturas 0,34°C acima da média. A estação teve chuvas acima do
normal no Norte e abaixo no Sudeste e Centro-Oeste.
Termômetro registra 40°C em
Porto Alegre (RS), cidade que sofreu 3 ondas de calor neste verão.
Verão terminou em 20/03, foi
o 6° mais quente já registrado no Brasil, informou o Instituto Nacional de
Meteorologia. Os termômetros do país ficaram 0,34°C acima da média das últimas
3 décadas, mostra um levantamento que é feito desde 1961 pela entidade.
A
estação quente com calor acima da média era algo já esperado pelos cientistas,
por causa da do aquecimento global, e neste ano é especialmente relevante, por
causa da configuração climática na América do Sul.
Transição entre 2024 e 2025
foi marcada pelo estabelecimento do fenômeno La Niña, que é o resfriamento das
águas equatoriais do Pacífico. Normalmente essa condição torna o verão
sul-americano mais ameno, o que não ocorreu neste ano.
Na verdade, o anúncio de que
o último verão está entre os 10 mais quentes e mais de meio século indica que
ele poderia ter sido muito pior, não fosse o La Niña.
"O fato é que, para o
Brasil, esta última década foi mais quente que a anterior, conforme alertado
pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), que enfatiza o aumento da emissão
de gases do efeito estufa na atmosfera e o aquecimento global", afirmou o
Inmet em comunicado.
Dos outros 6 verões mais
quentes que o atual, na verdade, 5 ocorreram sob o efeito El Niño, que é o
aquecimento das águas do Pacífico, espalhando mais calor na América do Sul.
O recorde de calor, por
enquanto, continua sendo o do verão anterior (2023/2024), que ficou 0,73°C mais
quente do que a média de 1991 a 2010, usada como padrão pelo Inmet para
observar a evolução do aquecimento global no Brasil.
Os verões mais quentes
registrados no Brasil
Um dos estados que mais
contribuíram para a onda de calor neste período foi o Rio Grande do Sul, que
passou por três ondas de calor. A situação na região Sul foi muito fora do
normal, sobretudo considerando que Inmet adota a definição de onda de calor da
Organização Meteorológica Mundial (WMO), que considera onda de calor um período
de 5 dias com temperaturas mais de 5°C acima do normal.
Este verão também foi muito
marcado pelas chuvas, sobretudo na região Norte, que já é muito chuvosa. Houve
localidades em estados da Amazônia e no Piauí com mais de 700 mm de chuva
acumulada.
"Os constantes temporais que atingiram a faixa norte do país durante o verão tiveram como principal responsável o sistema meteorológico Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que é formado pela confluência dos ventos alísios provenientes do Nordeste, com origem no Hemisfério Norte, e também de ventos do Sudeste, com origem no Hemisfério Sul", explica o comunicado do Inmet.
Verão de 2023/2024 foi mais seco do que o normal nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, com chuvas abaixo da média.
O que aconteceu?
O fenômeno El Niño elevou as
temperaturas em grande parte do Brasil.
A umidade do solo estava
entre as mais baixas dos últimos 95 anos.
A vazão dos rios deve
continuar baixa, afetando culturas como café, milho e cana-de-açúcar.
Como foi a previsão para o
outono?
A tendência para o outono é
de chuvas abaixo da média histórica em grande parte da região Centro-Oeste.
A umidade do solo está entre
as mais baixas dos últimos 95 anos.
A vazão dos rios deve
continuar baixa, afetando culturas como café, milho e cana-de-açúcar.
O que aconteceu no verão de
2024/2025?
As chuvas ficaram abaixo do
normal no Sudeste e no Centro-Oeste.
O país ficou 0,34°C acima da média no período.
A região Centro-Oeste do Brasil apresenta clima predominantemente tropical, com verões úmidos e invernos secos, só que o verão 2024/2025 ficou muito abaixo da média pluviométrica. (oglobo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário