segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Quase 70% da eletricidade da América Latina vem de fontes renováveis

Quase 70% da eletricidade da América Latina vem de fontes renováveis, aponta Wood Mackenzie.
América Latina e Brasil na Vanguarda da Revolução da Energia Verde e Sustentável

Quase 70% da eletricidade na América Latina é gerada a partir de fontes renováveis, conforme apontado por um estudo da consultoria Wood Mackenzie. Essa alta porcentagem posiciona a região como uma das líderes globais em uso de energia limpa. A América Latina tem um forte potencial em energias renováveis, como hidrelétrica, eólica e solar, o que tem impulsionado essa transição.

A região tem feito progressos significativos na redução de emissões de carbono e na adoção de fontes de energia mais sustentáveis, mas esforços colaborativos, políticas e investimentos direcionados serão cruciais para alcançar metas futuras, como mencionado em um estudo da Wood Mackenzie. A participação de fontes renováveis na matriz elétrica latino-americana é maior do que em outras regiões do mundo. Países como Paraguai, Brasil e Uruguai já apresentam altas porcentagens de geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis, com o Brasil se destacando com cerca de 78% de sua eletricidade proveniente dessas fontes.

Novo estudo da consultoria indica que a América Latina está progredindo na redução de suas emissões de carbono e na adoção de fontes de energia mais sustentáveis, mas esforços colaborativos, políticas e investimentos direcionados serão cruciais para atingir as metas.

Fontes renováveis de energia, solar e eólica

De acordo com o relatório “Benchmarking Latin America energy markets” da Wood Mackenzie, a América Latina está progredindo na redução de suas emissões de carbono e na adoção de fontes de energia mais sustentáveis. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer para atingir as metas climáticas globais.

A análise se concentra nas seis maiores economias da região por PIB que têm avanços mais perceptíveis neste campo: Brasil, México, Argentina, Colômbia, Chile e Peru. “Esses países compartilham amplas semelhanças estruturais: dependência de combustíveis fósseis e exportações de minerais, aumento da urbanização e crescente demanda de energia”, afirmou o analista de pesquisa da Wood Mackenzie, Gerado Bocard.

Combustíveis fósseis: onde há espaço para crescer

Os combustíveis fósseis continuam sendo uma importante fonte de energia; no entanto, os países selecionados têm trabalhado para reduzir sua dependência deles. O Brasil está liderando esse compromisso e deve reduzir seu uso para 49% até 2050; O México continua fortemente dependente de combustíveis fósseis, com sua participação diminuindo modestamente de 95% para 86% até 2050.

Fontes de energia renováveis trazem grandes expectativas

O Chile fez progressos significativos em fontes de energia renováveis, que representaram 70% de sua eletricidade até o final de 2024; posicionando-a como líder na adoção de energia limpa em toda a América Latina. Alguns países, como Brasil e Colômbia, expandiram o uso da energia hidrelétrica, enquanto a energia nuclear desempenha um papel menor, presente apenas no México, Argentina e Brasil. Em toda a região, a energia solar, eólica e os biocombustíveis estão tendo um aumento significativo, aproveitando os ricos recursos naturais.

A promessa do hidrogênio verde e do CCUS

Em toda a região, existem 167 projetos de hidrogênio de baixo carbono e 58 projetos de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS) anunciados. O Brasil lidera com 43 projetos, incluindo 24 Mt de capacidade de CCUS em operação e 11,5 Mt em desenvolvimento. A América Latina está experimentando um aumento nas iniciativas de hidrogênio verde em diferentes fases de progresso. Atualmente, 82 projetos estão em execução ativa, predominantemente no Chile, Brasil e Argentina. Além disso, vários outros projetos foram declarados e estão em vários estágios de avanço em toda a região.

Esses desenvolvimentos destacam as diversas abordagens adotadas por diferentes países da região. “Podemos ver como alguns desses países obtêm benefícios de mercados domésticos maiores, enquanto outros dependem de influências externas, como importação e exportação de diferentes commodities”, comentou Bocard. “No entanto, apesar do progresso, ainda há trabalho a ser feito para ter um futuro energético sustentável e resiliente, esforços colaborativos, políticas e investimentos direcionados serão cruciais para atingir as metas líquidas zero”, finalizou Bocard. 

Inúmeros países que estão no caminho para chegar a emissões líquidas zero.

Mais de 100 países estabeleceram metas para emissões líquidas zero, comprometendo-se a contribuir para evitar os piores impactos das mudanças climáticas. Mas ainda permanecem dúvidas quanto à credibilidade de muitos desses compromissos e se essas metas serão de fato realmente cumpridas. (pv-magazine-brasil)

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