quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Cesariana X parto normal

Mitos e verdades: saiba as indicações e diferenças de cada tipo de parto Já ouviu falar em doulas? Conheça essas companheiras das futuras mamães.
Doulas são os Anjos da guarda das mães na hora do parto, elas dão apoio, segurança e incentivo.
Doulas, mãos amigas.
O dia tão esperado se aproxima e é hora de escolher a forma pela qual o pequeno chegará ao mundo. Se por um lado a rápida recuperação do parto normal e a ausência de cicatriz a seduzem, por outro, o medo da dor e o desejo que o filhote chegue em segurança podem pesar na opção pela cesariana. De fato, o Brasil é campeão mundial em realizações da cirurgia. "Em 2006, 42% dos nascimentos realizados em hospitais conveniados ao SUS (Sistema Público de Saúde) eram cesáreas. Nos hospitais da rede privada, a taxa alcançava 90%", constata Fábio Roberto Cabar, doutor em obstetrícia e ginecologia pela Universidade de São Paulo (USP). A tendência é mundial. "Países que tradicionalmente apresentavam taxas baixas deste tipo de parto, como a Turquia e a Itália, alcançaram, no início dos anos 2000, taxas de 30 e 33%, respectivamente", completa o especialista.
Pronta prá ser mãe?
Faça o teste. Contrariando os números, desde 1985, o Ministério da Saúde recomenda que apenas 15% dos partos sejam cirúrgicos. "Essa porcentagem se deve ao fato de que, teoricamente, teríamos uma taxa de 15% de complicações intraparto que justificariam a intervenção cirúrgica ou mesmo gestações de alto risco nas quais seria necessário o parto cesariano para não incorrer em risco de morte para mãe e/ou bebê", explica Edílson Ogeda, ginecologista e obstetra do Hospital Samaritano, em São Paulo. Por que, então, é cada vez maior o número de cesáreas realizadas nas maternidades do país? Mitos e questões culturais costumam ser a resposta para essa questão. "O medo da dor, o perigo de ter que sair de madrugada para dar a luz, o receio de não encontrar seu médico na hora que precisa ou não chegar ao hospital a tempo são algumas das preocupações que levam as mulheres a optarem pela cirurgia", opina Cássio Sartório, ginecologista e obstetra do Centro de Fertilidade da Rede D'Or, no Rio de Janeiro. "Além disso, hoje, a mulher, em geral, trabalha fora e precisa se organizar para ter seu filho. Portanto, ela gosta de poder programar sua gravidez, sabendo exatamente o dia e a hora do nascimento da criança", acrescenta Luciano Patah, ginecologista e obstetra do Hospital Sepaco, em São Paulo. É importante salientar a questão dos planos de saúde. "Os convênios médicos remuneram o especialista igualmente (independentemente do tipo e da duração do trabalho de parto). Desta forma, para o médico particular (ou de convênio), pode ser muito mais cômodo marcar a cirurgia, saber exatamente a hora e o dia em que precisa fazer o atendimento, sem precisar acompanhar todo o trabalho de parto", pontua Fábio. (bolsademulher)

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