quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Chuva na serra do Rio

Chuva na serra do Rio deixa mais de 25 mil fora de casa
As chuvas na Região Serrana do RJ já deixaram 25.114 pessoas desabrigadas (12.293) ou desalojadas
Balanço consolidado hoje pela Defesa Civil do Estado com informações de 16 municípios mostra que a enxurrada na serra fluminense já deixou 25.114 pessoas desabrigadas (12.293) ou desalojadas (12.821). Após 13 dias de buscas, o número oficial de mortos chegou a 814. Havia ainda 513 desaparecidos, segundo lista nominal divulgada pelo Ministério Público do Estado, que checa informações registradas por parentes e amigos com dados de hospitais e do Instituto Médico Legal (IML).
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A demolição de casas em áreas consideradas de risco começou hoje. O local escolhido foi o bairro Alto Floresta, em Nova Friburgo, o município com maior número de mortos (394). Houve resistência. Construções condenadas, que ficaram à beira do abismo aberto pela chuva no dia 12, foram marcadas com tinta laranja. Das 18 demolições previstas para hoje, apenas duas haviam ocorrido até o início da tarde. Técnicos aguardavam a chegada de assistentes sociais. O governo estadual oferece a moradores desses locais R$ 500 por mês - o chamado aluguel social - até a construção de um novo imóvel pelo programa federal Minha Casa, Minha Vida. As outras opções são indenização pela casa derrubada (valores não divulgados) e a chamada "compra assistida" de um novo imóvel.
O vice-governador e secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão, afirmou que o governo planeja construir oito mil unidades habitacionais para vítimas da tragédia que se encontram em abrigos e famílias que ocupam áreas de risco. Segundo ele, locais como o Alto Floresta serão recuperados e reflorestados "para evitar novas ocupações". Está prevista para amanhã uma reunião com a secretária nacional de Habitação, Inês da Silva Magalhães, para definir a participação do governo federal no plano de reconstrução das cidades. De acordo com o vice-governador, a presidente Dilma Rousseff deverá anunciar na próxima quinta-feira, em visita ao Rio, "mais ajuda para a construção de unidades habitacionais".
Sem licitação
Construtoras ligadas ao Minha Casa, Minha Vida comprometeram-se a doar duas mil casas, segundo Pezão. Ele pediu aos construtores que apresentem projetos até esta quarta-feira para a elaboração de um plano diretor e disse que 30 geólogos e mais de 200 engenheiros estão colaborando com os estudos de reconstrução. Alguns terrenos foram escolhidos para os novos condomínios. "É fundamental a utilização dos 180 dias em que a cidade está sob o regime de calamidade pública para o emprego de tudo o que for necessário para as obras emergenciais", disse o vice-governador. Não haverá licitação.
O Estado também aguarda recursos do Banco Mundial. Segundo Pezão, será construído um parque ecológico de 20 quilômetros de extensão em Córrego Dantas, uma das áreas mais devastadas de Friburgo. O projeto prevê áreas de lazer, ciclovia e quadras esportivas. Em Teresópolis, deverá começar amanhã a montagem de uma ponte metálica do Exército, no distrito de Sebastiana, para acesso a comunidades que ficaram isoladas. A ponte também é essencial para o escoamento de hortigranjeiros da área rural. (yahoo.com)

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