Degelo no Himalaia
pode ser maior do que se pensava
Cientistas
apontam perda de 21 centímetros de gelo por ano na região. Dados colhidos por
satélite da NASA não são conclusivos, diz pesquisador.
Um estudo [Contrasting
patterns of early twenty-first-century glacier mass change in the Himalayas]
publicado na revista “Nature” em 22/08/12, mostra que o derretimento
de gelo no Himalaia pode ser maior do que o estipulado no último levantamento,
divulgado em fevereiro deste ano.
Na pesquisa anterior,
foram analisadas informações do satélite GRACE (“Experimento Climático e
Reparação da Gravidade”, na tradução do inglês). Cientistas estimaram, na
época, que o Himalaia perdia cerca de cinco gigatoneladas de gelo por ano.
Para o novo estudo,
foram usados dados de um satélite da agência espacial americana (NASA) o
ICESat, lançado em 2003 para medir mudanças na cobertura de gelo nas calotas
polares.
O novo estudo mostra
que o Himalaia perdeu 12 gigatoneladas de gelo por ano entre 2003 e 2008, mais
do que o dobro do previsto anteriormente. Como o ICESat é preparado para
medições nos polos, seus dados tiveram que ser revisados sistematicamente pelos
cientistas, segundo a “Nature”.
As geleiras do
Himalaia incluem partes da China, Paquistão, Índia e Nepal, além do famoso
Monte Everest e o K2, a segunda montanha mais alta da terra.
Diminuição
O derretimento significou uma diminuição de 21 centímetros de gelo no Himalaia por ano, segundo o cientista que lidera a pesquisa, Andreas Kääb, da Universidade de Oslo (Noruega). O valor “ainda é menor do que a estimativa global para [o derretimento] de geleiras e calotas polares”, segundo a Nature.
O derretimento significou uma diminuição de 21 centímetros de gelo no Himalaia por ano, segundo o cientista que lidera a pesquisa, Andreas Kääb, da Universidade de Oslo (Noruega). O valor “ainda é menor do que a estimativa global para [o derretimento] de geleiras e calotas polares”, segundo a Nature.
Kääb afirma que os
dados não são conclusivos, já que há perda de gelo maior ou menor dependendo da
região do Himalaia. No noroeste da Índia, por exemplo, as geleiras derreteram
66 centímetros por ano.
O resultado pode ser
usado como base para pesquisas futuras, mas uma análise do destino das geleiras
exigiria coleta de dados por décadas, afirma Kääb. Para ele, o objetivo maior
do estudo é “mostrar uma nova forma de usar os dados do ICESat”.
Em um primeiro estudo
usando dados do satélite GRACE, em 2010, cientistas avaliaram que as geleiras
do Himalaia e do planalto tibetano enfrentavam perda de cerca de 50
gigatoneladas de gelo por ano, devido ao derretimento. Este resultado, no
entanto, foi refutado pela pesquisa de fevereiro deste ano, que avaliou os
mesmos números e chegou a outra conclusão. (EcoDebate)
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