Presidente lembra
Olimpíada ao apresentar projeto que prevê mapeamento, prevenção, alerta e
resposta a desastres naturais.
Recorrendo a comentários esportivos que remetem mais ao seu antecessor,
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff lançou
ontem o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, com
investimentos previstos de R$ 18,8 bilhões. O plano é norteado por quatro eixos
(prevenção, mapeamento, monitoramento e alerta e resposta a desastres) e inclui
o mapeamento de áreas de risco.
No lançamento, Dilma fez menção à partida de vôlei feminino entre Brasil
e Rússia, que ocorreu nos Jogos Olímpicos de Londres. Na ocasião, o Brasil
venceu a partida no tie-break, após salvar seis match-points das adversárias.
"Esse plano nacional de gestão de riscos pretende ter uma característica,
que eu acho fundamental, que nós vimos no jogo de vôlei feminino, quando
disputamos até o fim e ganhamos, mesmo enfrentando momentos (de
dificuldade)", ressaltou, destacando que conhece bem o esporte.
"Eu fui jogadora de vôlei, e boa levantadora. Eu era uma boa
levantadora. Pois é, hoje eu corto", disse a presidente, no improviso.
"Fiquei muito entusiasmada porque ali (no jogo) houve uma teimosia,
resistência ao desafio. Eu acho que esse plano é isso, resistir ao
desafio."
Dos R$ 18,8 bilhões previstos, R$ 15,6 bilhões deverão ser destinados
para obras de contenção de encostas, drenagem urbana e construção de sistemas
urbanos de abastecimento de água em Estados do Nordeste. Dilma pediu ainda aos governadores
que "acelerem por favor os projetos, porque os recursos estão
disponíveis". "Queremos salvar vidas, queremos que as pessoas não
percam suas casas", afirmou a presidente. "Eu vi o desespero do
vice-governador (do Rio, Luiz Fernando) Pezão, do governador Sérgio Cabral,
diante do que ocorreu na região serrana do Rio, o imenso esforço de toda aquela
região no sentido de impedir uma catástrofe. Ao mesmo tempo, eu assisti de um
helicóptero o deslizamento de uma montanha em Santa Catarina onde não tinha
nenhum ser humano e parecia que havia sido passada uma máquina no morro."
Reforço
O País ainda passará a ter uma Força Nacional de Emergência,
composta por especialistas (geólogos, hidrólogos, engenheiros, agentes de
Defesa Civil e assistentes sociais). O plano prevê ainda a simplificação do
processo de compra de alimentos, adoção de cartão especial (como os de crédito)
para liberação de recursos e construção de unidades do Minha Casa, Minha Vida 2
para flagelados. (OESP)
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