A FAO, Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a
Agricultura, pediu aos Estados Unidos a suspensão da produção de etanol à base
de milho para evitar uma crise alimentar mundial.
Uma suspensão
imediata e temporária da legislação americana – que destina quotas das
colheitas de milho para a produção do biocombustível – daria certo alívio ao
mercado e permitiria destinar mais grãos à alimentação humana e animal, segundo
a FAO.
A seca que afeta
os Estados Unidos teve um grande impacto nas colheitas e provocou fortes
tensões nos mercados agrícolas.
Os preços dos
cereais dispararam desde o início de junho: o trigo, quase 26%, o milho, mais
19,5% e o arroz 7,7%.
Os preços altos
penalizam as populações pobres de muitos países que dependem do mercado mundial
para importar seus alimentos
A produção de
biocombustíveis (essencialmente etanol e biodiesel) é alvo de críticas há
vários anos por provocar um aumento dos preços dos óleos vegetais e dos cereais
a partir dos quais são fabricados, em detrimento da segurança alimentar
mundial.
As perspetivas de
colheitas deterioraram-se devido à seca, às inundações, ao tsunami na Ásia. Nos
Estados Unidos só 23% dos campos são considerados excelentes.
Na reunião do G20
em junho do ano passado não foram tomadas quaisquer medidas contra a
especulação. Sarkozydefendeu um princípio que ficou cálebre mas não passou
disso: “Não podemos permitir que a Bolsa especule sobre os alimentos.”
Em Londres, os
representantes de 500 mil cidadãos preocupados com esta realidade entregaram no
n° 10 da Downing Street as petições que solicitam ao primeiro-ministro Cameron
a sua intervenção na luta contra a fome global.
Os signatários
consideram que a presidência britânica do G8 em 2013 deve servir para salvar
milhões de vidas no planeta e isso deve ser anunciado no domingo no âmbito de
uma cimeira contra a fome em Londres. (pt.euronews)
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