Indústria de gusa se compromete com
desmatamento zero
Dois meses após o Greenpeace lançar um
relatório denunciando irregularidades no setor que produz ferro-gusa no Norte
do País, a indústria de gusa do Maranhão assinou ontem um compromisso de zerar
o desmatamento.
Pelo acordo, que atinge toda a cadeia de
produção, as guseiras têm dois anos para implementar um sistema de
monitoramento para avaliar seus fornecedores. A ideia é barrar aqueles que
produzam carvão com madeira de floresta nativa ou desmatem para plantar
eucaliptos que serão transformados em carvão.
O acordo foca o segundo maior produtor de
ferro-gusa no Brasil. O primeiro é o Pará, que, após as denúncias, assinou um
termo de ajustamento de conduta com o Ministério Público Federal. Em maio, o
Greenpeace mostrou a ocorrência de trabalho escravo, extração de madeira
ilegal, invasão de terras indígenas e de unidades de conservação em carvoarias
que alimentam siderúrgicas nos dois Estados
No acordo assinado no Palácio do Governo, em
São Luís, as empresas do Sindicato de Ferro-Gusa do Maranhão se comprometeram a
quebrar contratos com carvoarias que exploram mão de obra escrava ou usam
madeira de áreas protegidas. (OESP)
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