Verba do Fundo Amazônia será voltada para
levantamento de árvores do bioma, mas deve alavancar projeto de avaliação de
florestas de todo o País.
O plano de criar o Inventário Florestal
Nacional - que começou a ser elaborado em 2005, foi anunciado em 2010 pelo
Ministério do Meio Ambiente (MMA), mas ainda não avançou - acaba de receber um
aporte financeiro que poderá fazê-lo, enfim, deslanchar, a partir de 2013.
O Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão
do MMA responsável pelo levantamento, receberá R$ 65 milhões do Fundo Amazônia
- administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) e que conta com doações de outros países, como a Noruega.
O objetivo do inventário é conhecer todas as
florestas brasileiras em qualidade e quantidade, com base na coleta de dados
diretamente em campo. O dinheiro do fundo será aplicado somente para o
levantamento da heterogênea vegetação do bioma Amazônia - lá serão recolhidas
informações em cerca de 7 mil pontos amostrais. Mas a expectativa é que, desse
modo, outros recursos possam ser direcionados para o resto do País. A previsão
é de que os trabalhos em campo comecem em meados de 2013.
O único inventário de florestas já feito no
Brasil é da década de 80, e o principal objetivo na ocasião era conhecer os
estoques de madeira das florestas naturais e plantadas. A intenção agora é
formar um panorama detalhado do que hoje é visto apenas como cobertura
florestal.
De acordo com o SFB, serão identificadas as
espécies arbóreas, o estoque de biomassa e carbono, a qualidade dos solos, o
nível de degradação das florestas e a saúde das árvores.
Esses dados poderão mostrar, por exemplo, as
características da vegetação em áreas que foram desmatadas no passado, mas que
agora encontram-se em processo de regeneração. O que pode servir, depois, para
a formulação e a implementação de políticas públicas. (EcoDebate)
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