Desmatamento da Floresta Amazônica cai 40% entre março e
abril
A Floresta Amazônica perdeu 174,94 Km2 entre
março e abril, um número 40% inferior ao registrado no mesmo período do ano
passado, informou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Os dados foram recopilados pelo sistema de vigilância por
satélite DETER, do INPE, que neste bimestre não observou grande parte da superfície
da Amazônia devido ao céu encoberto.
Em março, foi registrado um desmatamento de 27,87 Km2,
embora os satélites não conseguiram captar 56% da floresta por estar nublado,
segundo um comunicado do INPE.
Em abril, foram arrasados 147,07 Km2 da floresta,
enquanto as nuvens cobriam 42% da Amazônia, por isso que não foi possível
captar muitos dados dessa região. Na época úmida, entre novembro e abril, é
mais difícil registrar o desmatamento por satélite devido à intensidade das
nuvens.
As chuvas também costumam propiciar uma redução no ritmo da
destruição da selva porque os rios transbordam cortando estradas e pela menor
incidência dos incêndios. No último ano pluviométrico (de agosto de 2011 a
julho de 2012), o desmatamento chegou ao menor nível desde 1988, 4.656 Km2.
O governo atribui a melhoria dos dados ao aumento da
vigilância e às multas aos madeireiros ilegais, além da uma série de medidas
para impedir que os criadores de gado e os agricultores possam vender produtos
procedentes de zonas devastadas ilegalmente.
O coordenador do Programa Amazônia do INPE, Dalton
Valeriano, deve dar uma entrevista coletiva para explicar os dados de março e
abril. (terra)
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