Os especialistas
concordam que uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios
físicos são essenciais para uma vida mais saudável. Os bons hábitos podem
auxiliar na redução do risco de doenças crônicas, incluindo as cardiovasculares
e a obesidade.
Entretanto, o excesso
de informações sobre as últimas descobertas na área da nutrição pode, muitas vezes,
deixar a população confusa e com dúvidas sobre o que ela deve ou não deve
comer.
Pensando nisso, o
Ministério da Saúde elaborou o Guia Alimentar para a População Brasileira, que
tem como objetivo orientar as pessoas em direção a uma alimentação mais equilibrada.
De acordo com o guia, existem alguns princípios básicos que devem ser
lembrados, com destaque para variedade (consumir itens de todos os grupos
alimentares, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, carnes e ovos,
lácteos e feijões) e moderação (respeitar a quantidade de porções recomendadas
para cada grupo alimentar).
Seguindo esses
princípios é possível planejar refeições mais saudáveis, que ofereçam todos os
nutrientes em quantidades adequadas a cada pessoa. Esses nutrientes são as proteínas,
carboidratos, gorduras, vitaminas, minerais, além de fibras e outras
substâncias bioativas. Todos eles devem fazer parte do dia a dia.
A partir de estudos
científicos foi possível sugerir que o total de calorias ingeridas ao longo do
dia fosse dividido da seguinte forma: 55% a 75% de carboidratos; 15% a 30% de
gorduras e 10% a 15% de proteínas. Assim, é possível perceber a importância que
os carboidratos e as gorduras exercem na manutenção da saúde.
Mas, é preciso fazer
as escolhas certas. No caso dos carboidratos, o melhor é optar por frutas,
verduras, legumes e pela versão integral dos alimentos feitos à base de
cereais, como pão, macarrão e biscoitos salgados.
Com relação às
gorduras, apesar de já terem sido tratadas como vilãs, elas exercem papel
fundamental na manutenção de uma vida saudável. As gorduras estão envolvidas,
por exemplo, na formação das membranas celulares, na produção de hormônios, de
vitamina D e de sucos digestivos.
A classificação das
gorduras é feita de acordo com a sua composição química e se divide em
saturadas, monoinsaturadas, poli-insaturadas e trans. O Ministério da Saúde
recomenda que a população evite consumir alimentos que incluam gordura trans
(ou gordura hidrogenada) na lista de ingredientes. As gorduras trans relacionam-se
fortemente com o aumento do risco cardiovascular. Isso ocorre, especialmente,
em razão de aumentarem a concentração de colesterol total e de LDL-c
(colesterol ruim), assim como, por reduzirem a concentração HDL-c (colesterol
bom).
Por esse motivo, as
indústrias estão substituindo a gordura trans dos alimentos por outros tipos de
gordura, como a de palma. A gordura de palma é uma combinação de componentes
saturados, monoinsaturados e poli-insaturados, além de ser livre de gorduras
trans. Ela possui também um teor elevado de vitamina E, reconhecida como um
antioxidante natural, que pode promover benefícios para a saúde.
* Dr. Fabio
Cardoso de Carvalho é cardiologista intervencionista do Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP). Possui título de especialista em
Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e Associação Médica
Brasileira e título de especialista em Hemodinâmica e Cardiologia
Intervencionista, conferido pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia
Intervencionista e Associação Médica Brasileira. (ecodebate)
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