Com a maior seca em mais de 80 anos, o governo de São Paulo
pode ser obrigado a lançar mão de várias alternativas para solucionar a crise
hídrica.
O baixo nível de um dos principais
sistemas de abastecimento de água do Estado de São Paulo tem batido recordes de
forma recorrente. O volume morto, que inicialmente era visto como solução, já
está em uso e a chegada das chuvas não serviu para amenizar as reservas
paulistas. O governador Geraldo Alckmin já fala em outras possibilidades como o
tratamento de água do esgoto para evitar possível racionamento. Veja cinco
opções que podem amenizar o problema.
1. Uso de água do mar - Francisco
Lahóz, secretário executivo do Consórcio PCJ (Consórcio Intermunicipal das
Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) sugeriu a dessalinização e
bombeamento de água do mar do litoral para a capital. Ele explica que essa
tecnologia já é usada em outros lugares, inclusive áreas costeiras do nordeste
brasileiro.
2. Tratamento de esgoto é feito em
outros países e já está em processo de implantação em São Paulo. A estação que
vai produzir água de reuso deve estar pronta somente no fim de 2015 e gastará o dobro do preço do método convencional de captação.
Centro de tratamento de esgoto da Sabesp
3. Aquífero Guarani tem água de
excelente qualidade e servirá para desafogar o Sistema Cantareira. Entretanto,
a solução servirá apenas para cidades abastecidas no interior do Estado, na
região de Piracicaba.
4. Transposição da água da Bacia do
Rio Paraíba do Sul para as represas do Sistema Cantareira está próxima de sair.
O presidente da Agência Nacional de Águas (ANA) Vicente Andreu disse que o
projeto é tecnicamente viável. Falta apenas a avaliação do governo federal e o
aval dos governos de Minas Gerais e Rio de Janeiro. O governador do Rio Luiz
Fernando Pezão disse que vai acatar a decisão do Planalto.
Rio Paraíba do Sul também tem nível
abaixo do esperado para a época.
5. Poços artesianos - O prefeito
Fernando Haddad pretende lançar licitações para perfurar poços em caso de uma
possível falta d’água. A medida, porém, é vista como emergência e visa
solucionar apenas racionamento dentro da cidade de São Paulo.
Seca
no Cantareira
O volume das represas que abastecem a capital e a Região Metropolitana de São Paulo chegou a 5,8% na primeira semana de outubro.
O volume é o menor de toda a história do reservatório.
Desde julho, o Cantareira opera exclusivamente com água do volume morto, que fica represada abaixo do nível dos túneis de captação.
A cota deve durar até meados de novembro, segundo cálculos do próprio governo Geraldo Alckmin (PSDB). (OESP)
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