100% das amostras coletadas apresentaram contaminação por
coliformes totais, fecais e bactérias resistentes à temperatura.
Análises científicas feitas pela
ONG Caminho das Águas e Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio
(Ceunsp) comprovaram que é imprópria para consumo humano a água coletada por
moradores de Itu (SP) em bica de poço artesiano e reservatórios públicos
espalhados por cinco pontos da cidade.
As amostras foram coletadas nos
dias 29 de outubro e 4 de novembro em pontos públicos de distribuição, como as
caixas de 20 mil litros distribuídas pela Defesa Civil e instaladas na Praça 14
Bis, Praça dos Exageros e Jardim Novo Itu. Também foram coletadas amostras da
bica do poço artesiano do bairro Santa Terezinha e do sistema de distribuição
por bolsões do Centro de Lazer 1° De Maio.
Água
em Itu
Análises científicas feitas pela ONG Caminho das
Águas e Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio comprovaram que é
imprópria para consumo humano a água coletada por moradores de Itu em bica de
poço artesiano e reservatórios públicos espalhados por cinco pontos da cidade.
O relatório cita a diarreia, a esquistossomose, o cólera e
os vermes intestinais como as doenças mais comuns causadas pelo consumo de água
contaminada.
Segundo o relatório, as doenças, no entanto,
podem ser evitadas com o tratamento adequado da água antes do consumo.
Amostras foram coletadas nos dias 29 de outubro
e 4 de novembro em pontos públicos de distribuição, como as caixas de 20 mil
litros distribuídas pela Defesa Civil e instaladas na Praça 14 Bis, Praça dos
Exageros e Jardim Novo Itu.
A cidade passa por racionamento de água desde o início do
ano e é uma das mais afetadas pela crise hídrica no Estado de São Paulo.
"O resultado preliminar desta
pesquisa aponta índices de 100% de contaminação bacteriológica (...) sendo
inapropriada para consumo humano sem nenhum tipo de tratamento prévio, tais
como o processo de fervura ou desinfecção da água com hipoclorito de
sódio", diz o estudo.
O relatório cita a diarreia, a
esquistossomose, o cólera e os vermes intestinais como as doenças mais comuns
causadas pelo consumo de água contaminada, mas que "podem ser evitadas com
o tratamento adequado da água recolhida nestes pontos de distribuição
emergencial antes do consumo", conclui o relatório.
O responsável pelo monitoramento,
Carlos Diego de Souza Rodrigues, esclarece que a intenção "não é analisar
a água distribuída à população pela concessionária Águas de Itu", mas sim
de mostrar que a água distribuída emergencialmente nesses pontos públicos pode
chegar contaminada às casas dos moradores e que eles devem fazer o tratamento
da água. O objetivo do estudo Conversando com as Águas é se chegar a um kit
alternativo, de R$ 25 que pode ser usado pelos moradores de Itu para fazer o
tratamento em casa. "Esperamos que em 2015, os moradores já possam fazer
uso deste kit", afirma.
A próxima coleta ocorreu em 12/11,
em outros três pontos da cidade. No total serão seis coletas até dezembro. Por
enquanto, Rodrigues pede que os moradores façam o tratamento caseiro antes de
usar a água desses pontos, como ferver a água de cinco a 10 minutos. "A
água deve ser consumida logo após o resfriamento. É eficiente em destruir todas
as classes de germes aquáticos", diz ele. Outra sugestão é adicionar duas
gosta de água sanitária sem alvejante por litro de água para garantir o mínimo
de potabilidade da água, ou então fazer a cloração, pingando 2 gotas de cloro
para cada litro e deixar em repouso por 30 minutos antes de consumir água.
Respostas
A prefeitura de Itu informou que
exige, através da Agência Reguladora de Itu, que a qualidade da água
distribuída na cidade seja comprovada através de laudos e que detalhes seriam
dados pela concessionária Águas de Itu.
A Concessionária Águas de Itu
enviou nota dizendo que "atesta, com base em análise de seus laboratórios
e de terceiros, acreditados pelo Inmetro e fiscalizados pela Agência Reguladora
de Itu, a qualidade da água despejada nos reservatórios instalados
emergencialmente em espaços públicos".
A nota ressalta que a
concessionária pede a colaboração dos moradores para "manter as mangueiras
penduradas nos suportes elevados, a fim de evitar qualquer tipo de
contaminação".
"No que diz respeito à bica da
Santa Terezinha, a água tem origem em poço artesiano e é monitorada diariamente
pela concessionária e, inclusive, todas as análises são encaminhas para a
vigilância sanitária municipal e estadual", conclui a nota. (OESP)
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