Nos Estados Unidos, por exemplo, o esgoto industrial não pode virar água potável. O recurso purificado é destinado para as indústrias. A água de reuso que vai para a torneira dos americanos é resultado do tratamento do esgoto doméstico. Em Cingapura, que também tem regulamentações específicas para o tratamento de cada tipo de esgoto, a água de reuso não passa por mananciais e novos tratamentos, como a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) precisará fazer aqui.
Esses exemplos, de acordo com especialistas na área, devem ser usados não apenas na escolha da técnica empregada, mas para estabelecer uma discussão em torno da lei brasileira. Se novas normas fossem criadas, o custo do reuso cairia e o processo seria mais rápido.
Malu Ribeiro, coordenadora da Rede Água da ONG SOS Mata Atlântica, ressalta mais um problema: a falta de universalização do saneamento básico no Brasil. "Na prática, já estamos bebendo o esgoto, o lixo e todos os resíduos das famílias excluídas do sistema", disse. Para a especialista, apesar de ter qualidade, é melhor mesmo que a água de reuso não vá direto para as casas. "A tubulação tem problemas e sujeiras que comprometem a pureza da água." (OESP)
Nenhum comentário:
Postar um comentário