Cidade do Rio vive situação de emergência por causa da seca.
São Fidélis, de 38 mil habitantes, perde gado e pesca,
principais atividades econômicas do município.
A longa estiagem já matou 1.100
cabeças de gado e praticamente inviabilizou a pesca artesanal no município de
São Fidélis (norte fluminense), um dos mais afetados pela seca que atinge o
Estado do Rio.
Com economia dependente da pecuária
(eram 84 mil cabeças antes da estiagem), a população de São Fidélis acompanha
atônita a transformação da paisagem na zona rural. O Riacho São Benedito, que
abastece os açudes das fazendas de gado antes de desembocar no Rio Paraíba do
Sul, está seco.
Seca em São Fidélis
A longa estiagem já matou 1.100 cabeças de gado
e praticamente inviabilizou a pesca artesanal no município de São Fidélis
(norte fluminense).
Com economia dependente da pecuária (eram 84 mil cabeças
antes da estiagem), a população de São Fidélis acompanha atônita a
transformação da paisagem na zona rural.
O Riacho São Benedito, que abastece os açudes das fazendas
de gado antes de desembocar no Rio Paraíba do Sul, está seco.
Retroescavadeiras cavam covas para enterrar os animais que
não resistem à seca.
Em 30 de setembro, o prefeito Luiz Carlos Fernandes Fratani
(PMDB) assinou decreto que solicitava o reconhecimento de Situação de
Emergência no município.
Caminhões da prefeitura levam
cana-de-açúcar comprada no município vizinho de Campos para alimentar o gado
nas fazendas. Enquanto isso, retroescavadeiras cavam covas para enterrar os
animais que não resistem à seca.
São Fidelis tem população
relativamente pequena (38 mil habitantes), mas é um dos cinco maiores
municípios do Estado. Faz divisa com seis cidades. Em 30 de setembro, o
prefeito Luiz Carlos Fernandes Fratani (PMDB) assinou decreto que solicitava o
reconhecimento de Situação de Emergência no município.
O governo federal informou que o
processo havia chegado incompleto. Foi reencaminhado em 29 de outubro pela
prefeitura. Deverá ser analisado até o próximo fim de semana.
Com o reconhecimento federal, o
município receberá ajuda para comprar equipamentos, entre outros benefícios. No
decreto de calamidade, o prefeito admite que o desastre superou sua capacidade
de gestão. O valor necessário para a execução das ações de emergência está
estimado em R$ 3 milhões no ofício encaminhado à Secretaria Nacional de
Proteção e Defesa Civil. O orçamento anual de São Fidélis é de R$ 68 milhões.
O superintendente da Defesa Civil
Municipal, Cláudio Luiz de Almeida, disse que não foi necessário racionar água
para a população, apesar da baixa do nível do Paraíba do Sul, mas a Companhia
Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) precisou aumentar a tubulação que faz a
captação do rio. Já a pesca tornou-se “impossível”, segundo o presidente da
Colônia de Pescadores Z-21, Sirley de Souza Ornelas.
“Cerca de 200 famílias sobrevivem
da pesca. Hoje essas famílias estão sofrendo com uma seca jamais vista. Até
mesmo os mais antigos pescadores nunca contemplaram um volume de água tão baixo
no Paraíba do Sul, tornando praticamente impossível a atividade pesqueira”, diz
Ornelas. (OESP)
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