domingo, 9 de novembro de 2014

Com desmate em alta, IBAMA muda vigilância

Com desmatamento da Amazônia em alta, IBAMA muda vigilância.
Monitoramento atual não diferencia perda de vegetação de fogo ou espelhos d’água.
Dois meses depois de dados do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), terem indicado o aumento do desmatamento na Amazônia após quatro anos consecutivos de queda, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) anunciou medidas que estão em desenvolvimento para melhorar o monitoramento da região. 
Os presidentes do IBAMA, Volney Zanardi, e do Inpe, Leonel Fernando Perondi, detalharam em 07/11/14, os planos para a atualização do sistema Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter). Em operação há dez anos, ele elabora mapas diários com base em imagens de satélites e aponta áreas com indícios de desmatamento.
Destruição
Novo sistema evitaria desperdício de recursos
O problema, dizem os dirigentes, é que o Deter tem baixíssima resolução e é “míope”, de modo que muitas das manchas de degradação identificadas não representam necessariamente extração de madeira - podem ser espelhos d’água, incêndios ou afloramentos rochosos. 
O objetivo do IBAMA é colocar em operação em até dois anos o sensor Awifs, com imagens de melhor resolução feitas por um satélite indiano. A ideia é que o sensor atualizado torne a ação mais eficiente e evite o desperdício de recursos.
Dados escondidos
À imprensa, Zanardi ainda negou que o instituto tenha segurado dados negativos do desflorestamento para beneficiar a campanha da presidente Dilma Rousseff. Nesta sexta, o site do jornal Folha de S.Paulo publicou reportagem segundo a qual foram desmatados 1.626 km² na Amazônia em agosto e setembro, aumento de 122% sobre o mesmo período de 2013. Os dados do Deter teriam ficado prontos antes do segundo turno. 
Segundo Zanardi, as informações oficiais serão divulgadas ainda neste mês. Mas o levantamento anterior do sistema Prodes já revelou crescimento dos índices de perda de vegetação. Ainda conforme o presidente do IBAMA, a expectativa do instituto é de que o número que será anunciado seja igual ou menor do que o de 2013. (OESP)

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