Esta semana um grande
banco suíço concluiu um estudo preocupante sobre a
concentração de riqueza no mundo.
Ao redor de 70% dos
adultos ao redor do mundo possuem menos de dez mil dólares. Somada a riqueza
destes 3,3 bilhões de pessoas, ela não passa de 3% do total mundial. A outra
parte, que você já pode imaginar, é composta por 0,7% dos adultos que possuem
mais de um milhão de dólares. O patrimônio destes 35 milhões de pessoas
corresponde a 44% de toda riqueza do mundo.
Não se iluda com a
conversa que os ricos geram emprego. Ricos até geram alguns empregos, mas não
distribuem riqueza, como mostrou Piketty em seu recente best seller. Nesta
semana também ninguém menos que Bill Gates escreveu em seu blog concordando que
o sistema econômico em que vivemos não consegue lidar com o problema da
concentração de renda.
O próprio Bill Gates,
apesar dos bilhões dados em filantropia, aumentou sua fortuna em 50% após
deixar o cargo de CEO da Microsoft.
Além de um problema
social e econômico, a concentração de renda é também um problema ambiental.
Não é o “homem” que
destrói a natureza. Ao menos não a espécie humana como um todo. Um pequeno
grupo se apropria de grande parte dos recursos naturais, na forma de roupas,
carros, terras etc. Estas são suas propriedades privadas, um dogma moderno
precioso. A poluição, extinção de espécies e mudanças climáticas, estas são de
todos e um problema para a ONU resolver.
Meu pai sempre tentou
me ensinar; Se tirou, devolva. Se sujou, limpe. Se comeu, lave.
Os objetos que usamos
e nem mais consertamos de tão baratos que são, precisam ser caros a ponto de
serem melhor utilizados. A água precisa custar a ponto de remunerar estratégias
para sua conservação a longo prazo, e assim por diante com todos recursos
naturais. A degradação de recursos afeta muito mais os pobres que dependem
diretamente deles, que os ricos que sempre tem para onde correr.
Se esta injustiça
preocupa um banco suíço, que dizer dos outros bilhões de pessoas sem conta na
suíça? (ecodebate)
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