Maior crise hídrica dos últimos 100 anos e as
mudanças climáticas
Entre as razões que
explicam a crise hídrica e de abastecimento no estado de São Paulo, “uma
mudança climática intensa” é, “sem dúvida”, o elemento central para compreender
a “maior crise de abastecimento e a maior crise hídrica nos últimos 100 anos”,
diz José Tundisi à IHU On-Line, em entrevista concedida por telefone.
“As causas dessa
crise estão relacionadas a uma seca muito intensa e à falta de precipitação.
Para dar um exemplo, em outubro deste ano teríamos de ter tido 130 milímetros
de chuva, como é o esperado, mas tivemos só 30”, exemplifica.
Na avaliação do
especialista, a “magnitude da crise” foi uma surpresa, mas a resolução do
problema não passa por “fazer mais do que já estava sendo feito”. Segundo ele,
“o estado de São Paulo tem um sistema de controle de qualidade e quantidade de
água bem estabelecido” e, portanto, “nem o Sistema Federal, nem o Sistema
Estadual poderiam fazer muito mais, dada a magnitude da crise e a rapidez com
que ela ocorreu”. Tundisi critica e alerta a politização que tem sido feita em
relação ao tema. “Não poderia haver uma politização da crise, uma vez que isso
não é benéfico para ninguém”, pontua.
De acordo com ele, o
“Sistema da
Cantareira está sofrendo uma enorme depressão de volume de
água”, e se não chover nos próximos 30 dias “vamos ter de usar as últimas reservas de água
do Cantareira e a partir daí tenho impressão de que deverão ser
mobilizados outros tipos de transposição de águas, de outras represas, para que com
isso se possa aportar mais água ao sistema e para que ele não entre em
colapso”, esclarece.
Tundisi explica ainda que a crise hídrica pode ser
estendida a outros estados brasileiros, pois há um “desequilíbrio
hidrológico”. “Estamos passando por uma série de mudanças
climáticas muito sérias, está havendo extremos hidrológicos. (…)Há um processo
de desequilíbrio hidrológico em algumas áreas, por exemplo, em áreas muita
secas, há excesso de chuva. Por outro lado, a seca no Nordeste esse ano foi
a maior dos últimos cinquenta anos, e o excesso de chuva e de precipitações no
Sul resultou que, nas Cataratas do Iguaçu, em julho deste ano, houve um excesso
de 46 milhões de litros de água por segundo despejados, sendo que a média é um
milhão e meio, ou seja, há desequilíbrios. Portanto, é com esses problemas
regionais e continentais que o país terá de lidar”.
José Galizia Tundisi é
graduado em História Natural, mestre em Oceanografia na University of
Southampton e doutor em Ciências Biológicas (Botânica) pela Universidade de São Paulo
– USP. Atualmente é professor titular aposentado da USP e
professor titular do curso de Qualidade Ambiental da Feevale. É
presidente da Associação Instituto Internacional de Ecologia e Gerenciamento Ambiental
– IIEGA e pesquisador do Instituto Internacional de Ecologia – IIE.
Suas pesquisas são financiadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico – CNPq.
IHU On-Line – Quais são as razões da crise de
abastecimento de água em São Paulo?
José Tundisi - A
principal razão, sem dúvida nenhuma, é uma mudança climática muito intensa
que está ocorrendo, e disso temos praticamente a maior crise de abastecimento e
a maior
crise hídrica nos últimos 100 anos. E, portanto, as causas
dessa crise estão relacionadas a uma seca muito intensa e à falta de
precipitação. Para dar um exemplo, em outubro deste ano deveríamos ter tido 130
milímetros de chuva, como é o esperado, mas tivemos só 30, portanto, essa é a
causa principal.
IHU On-Line – Durante a disputa eleitoral
deste ano, a crise de abastecimento de água foi usada como método de acusação
de um partido contra o outro. Era possível em âmbito federal e estadual ter
tomado medidas que evitassem essa crise?
José Tundisi - Acredito
que não. O estado de São Paulo tem um sistema de controle de qualidade e quantidade de água bem
estabelecido há muito tempo e não se trata de fazer mais do que já estava sendo
feito. Na verdade houve, sob certo ponto de vista, uma surpresa até na
magnitude da crise, porque se esperava uma crise, mas não dessa magnitude.
A crise vem se
estabelecendo já há alguns anos, mas havia uma diminuição. De todo modo, acho
que nem o Sistema
Federal nem o Sistema Estadual poderiam ter feito
muito mais, dada a magnitude da crise e a rapidez com que ela ocorreu, porque a
crise foi muito rápida, de modo que em outra entrevista, dada ao jornal Folha de S. Paulo,
eu já tinha alertado que não poderia haver uma politização da crise, uma vez
que isso não é benéfico para ninguém.
Continuo achando isso
e continuo dizendo que deve haver uma união de esforços no sentido de procurar
soluções de longo prazo e que sejam mais adequadas. Na verdade, o que está se
desenhando é que a crise será muito mais longa do que parece; ela não é uma
crise ocasional, é uma crise quase que permanente pelo menos por alguns anos. E
evidentemente é preciso encontrar soluções que enfrentem esse problema de uma
forma por um lado emergencial e, de outra, com medidas estruturais e não
estruturais de longo prazo.
IHU On-Line – É possível pensar que uma crise
de abastecimento, tal qual ocorre em São Paulo, se alastre por outros estados
brasileiros?
José Tundisi - É
possível, sim. Nós estamos passando por uma série de mudanças climáticas muito
sérias, estão ocorrendo extremos hidrológicos, porque quando se fala em crise
de água, quer dizer que em alguns casos no Brasil há excessos
hidrológicos, que é o próprio caso do Rio Grande do Sul. Portanto, há um
processo de desequilíbrio
hidrológico, em algumas áreas com muitas secas, e, em outras,
com excesso de chuva. Por exemplo, a seca no Nordeste este ano foi a
maior dos últimos cinquenta anos, enquanto o excesso de chuva e de
precipitações no Sul resultou que, nas Cataratas do Iguaçu, em julho deste
ano, houve um excesso de 46 milhões de litros de água por segundo despejados,
sendo que a média é um milhão e meio. Portanto, é com esses problemas regionais
e continentais que o país terá de lidar.
“O que está se
desenhando é que a crise será muito mais longa do que parece”
IHU On-Line – Quais são os reservatórios de
água considerados críticos hoje no país?
José Tundisi - Se você olhar as hidrelétricas de Minas Gerais,
por exemplo, elas têm problemas, Furnas também, todos os
reservatórios do Rio Grande do sul, do Paranapanema, do próprio Tietê, têm
problemas de seca. A hidrovia Tietê-Paraná parou de funcionar por causa da
seca e, portanto, a crise atinge uma área grande do Brasil, atinge também uma
parte do Rio de Janeiro e uma parte do Paraíba. Portanto, todo esse conjunto
deve ser considerado como uma séria ameaça à economia e à saúde pública do país
e a uma grande parte da população do país, que se concentra principalmente na
região Sudeste.
O que é muito
significativo é que se fala muito em “quantidade de água”, mas não existe uma
preocupação com “qualidade de água” e esse é outro problema. Inclusive
levantei essa questão na semana passada com o presidente da Academia Brasileira de
Ciências, e sugeri que a Academia faça um alerta aos governos
federal, estaduais e municipais para chamar a atenção para o problema da
qualidade da água e da saúde pública associada à seca ou às enchentes, porque
isso também tem problemas com as enchentes.
O pessoal quer água,
muito bem, mas que tipo de água? O que essa água vai causar? Hoje, em certas
regiões de São
Paulo, se distribui água em caminhões-pipa. De onde vem essa
água e qual a sua qualidade? Então isso precisa ser considerado.
IHU On-Line – Quem é o presidente atual da
Academia Brasileira de Ciências e qual a posição que a academia demonstrou?
José Tundisi - O
presidente atual é o professor Jacob Palis. A Academia Brasileira de
Ciências vai fazer uma reunião dias 21 e 22 de novembro em São Paulo,
juntamente com a Academia de Ciências do Estado de São Paulo, para
discutir a crise de abastecimento e a seca no Sudeste do estado. Aí vai ser
discutido e provavelmente vamos apresentar um comunicado ao país em função da
discussão dos especialistas; seguramente deveremos produzir um documento que
vai incluir também a questão da qualidade e um alerta às secretarias da saúde,
por exemplo, com a finalidade de que se possa chamar a atenção para o problema
e pedir que as autoridades tomem medidas preventivas de extremo cuidado com
relação à qualidade da água.
IHU On-Line – Qual o papel de cientistas e
especialistas para chamar a atenção dos poderes públicos para as medidas mais
efetivas no combate e prevenção nesse tipo de crise?
José Tundisi – Nós
temos de atuar de uma forma propositiva e ao mesmo tempo de alerta, propondo
medidas seguras para que se possa enfrentar a crise. Vou dar um exemplo: uma
represa que é frequentada por cerca de 10 mil pessoas nos finais de semana, que
não tinha nenhum problema de qualidade de água, começou a
apresentar problemas severos de qualidade de água na região de São Carlos,
de Pirapina
e de Brotas,
e isso me obrigou a escrever um laudo aos prefeitos dessas cidades, aos
secretários da saúde e à promotoria pública no sentido de impedir o contato
direto da população com essa água, ou seja, impedir o banho, porque as
condições de balneabilidade da represa, em 43 anos, superaram e muito as
condições mínimas da Organização Mundial da Saúde para a balneabilidade. Então,
o que nós temos de fazer é alertar os poderes públicos e os sistemas de
controle de vigilância sanitária para impedir que a população possa, por
exemplo, utilizar a água de má qualidade e sofrer efeitos de saúde. Nós não
temos o poder de impedir isso, mas os setores públicos têm, e a nossa função é
alertá-los para que eles possam tomar as medidas necessárias.
IHU On-Line – Qual é a atual situação do
Sistema da Cantareira?
José Tundisi – O Sistema da Cantareira
está sofrendo uma enorme depressão de volume de água, e com isso nós estamos
esperando que se não chover dentro de mais ou menos 30 dias, vamos ter de usar
as últimas reservas de água da Cantareira. A partir daí tenho a
impressão de que deverão ser mobilizados outros tipos de transposição de águas,
de outras represas, para que com isso se possa aportar mais água ao sistema e
para que ele não entre em colapso.
No caso de São Paulo
especificamente, o problema não é só para abastecimento público; a hidrovia fechou,
mas a hidroeletricidade é fundamental, porque, por exemplo, São Paulo
é o maior produtor de suco de laranja do mundo, São Carlos é um dos maiores
produtores de etanol do mundo, e tudo isso depende de água e de abastecimento.
Bom, esse é um problema que deve ser considerado dentro de um contexto mais
amplo, não só de abastecimento público, de modo que a questão da Cantareira
entra na questão do abastecimento público, mas há outros problemas subjacentes
de saúde pública, de economia, geração de emprego e renda, por exemplo, de
queda na produção, os quais devem ser considerados.
IHU On-Line – Especialistas dizem que o
desmatamento em bacias hidrográficas contribui para diminuir a quantidade e a
qualidade das águas. Quais são as bacias hidrográficas de São Paulo mais
degradadas e por quais razões elas se encontram em tal estado?
José Tundisi – São
várias razões. Apesar dos esforços que têm sido feitos para a recuperação de
bacias hidrográficas, com reflorestamento, etc. — e a Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP tem tido um papel
fundamental nesse projeto de recuperação da biodiversidade terrestre através do
reflorestamento, porque ela teve um grande programa que mobilizou justamente no
sentido de restaurar bacias hidrográficas —, nós temos algumas bacias,
especialmente nas regiões metropolitanas, que sofreram esses processos de
desmatamento. No interior do estado também, por causa da urbanização, há um
impacto de desmatamento dos mananciais em muitas cidades; por outro lado,
algumas cidades utilizam recursos hídricos subterrâneos, que também estão sob
pressão. Então, entre essas causas todas, sem dúvida nenhuma, o desmatamento é
um dos problemas mais sérios da escassez de água.
IHU On-Line – Qual o nome das bacias em
estado crítico?
José Tundisi – Bacia do Baixo Cotia,
na região metropolitana de São Paulo; no Rio Sorocaba tem um programa de
reflorestamento muito bem sucedido, no Rio Jundiaí também, no Rio Jacaré Pepira
também. Já outros rios afluentes do Tietê, por exemplo, na Bacia do Tietê Jacaré,
sofreram desmatamento
forte por causa da plantação de cana-de-açúcar. Então, não é
algo contínuo, é espalhado no estado em função dos impactos da urbanização, da
industrialização e da agricultura.
IHU On-Line – Como e em que sentido a
degradação dos biomas brasileiros impacta nos recursos hídricos? Nesse sentido,
qual é o papel do Cerrado para garantir o abastecimento de água no país?
José Tundisi – O Cerrado
tem um papel importante porque tem um milhão e meio de metros quadrados, mas o
bioma foi muito impactado com o movimento da agroindústria, especialmente de
soja, e evidentemente a recomposição das áreas de mananciais no Cerrado é
uma das grandes prioridades. Nessa próxima etapa de governo — e eu dizia isso
antes da eleição, qualquer que fosse o governo —, o grande fator de mobilização
pode ser um megaprojeto de reflorestamento no Brasil todo; isso gera empregos,
protege o meio ambiente, os mananciais, a qualidade da água, porque, em regiões
onde há proteção a partir do manancial, se gasta muito pouco para tratar a
água. Em contrapartida, num manancial degradado, sem cobertura vegetal e sem
proteção, o custo do tratamento pode ser até cem vezes maior. Portanto, há uma
relação muito forte entre a questão da proteção da biota terrestre, especialmente
a vegetação e a biodiversidade terrestre, e a qualidade e quantidade de água.
Isso é fundamental para restaurar as reservas hídricas do país; isso em nível
de Brasil,
não é apenas em São Paulo.
IHU On-Line – Já é possível vislumbrar os
impactos do Código Florestal nos recursos hídricos? Quais são os principais
equívocos do Código Florestal aprovado há pouco mais de dois anos sobre os
recursos hídricos?
José Tundisi – Por
enquanto, ainda não, até porque esse Código Florestal já vem sendo
“estuprado” há muito tempo, não é de agora que ele tem sido alterado. Eu fui
muito contra o estabelecimento de metas físicas para proteger a vegetação ao
longo dos rios, porque se falou muito em cinco metros, dez metros, trinta
metros. Isso não existe; o que existe é o rio e a sua calha e a área de
inundação do rio. A proteção deve ir até onde o rio pode inundar as suas
margens, porque aí é que está a vegetação que tolera a inundação: podem ser
cinco, dez ou cem metros. Essa questão é que precisaria ser discutida, mas não
foi. É o rio e a sua calha, e não a metragem fixada pelo homem. Não é o homem
quem tem que fixar a metragem até onde vai a vegetação; quem tem que fixar essa
metragem é a capacidade de manter o ecossistema funcionando.
IHU On-Line – Em sua opinião, quais são os
outros equívocos que o Código Florestal traz?
José Tundisi – Faltou
uma visão mais clara de incentivos em relação à proteção. Precisaria ser mais
incisivo com relação aos incentivos que se pode dar para aqueles que protegem
as áreas de vegetação e o próprio reflorestamento. A recomposição de serviços
dos ecossistemas, por exemplo, e o pagamento de serviços ambientais, poderiam
ter sido mais enfatizados nesse projeto.
IHU On-Line – Que medidas estão sendo
desenvolvidas para resolver o problema de abastecimento em São Paulo?
José Tundisi José Tundisi – As medidas emergenciais
são aquelas que o governo está tomando em função da transposição de água de
alguns reservatórios para outros. São Paulo está fazendo também uma
adutora grande que vai buscar água no Rio São Lourenço, na região sul do
estado de São Paulo, e que traria mais água para o abastecimento, mas isso vai
demorar mais um pouco. De todo modo, emergencialmente estão sendo efetuadas
medidas de transposição de água de bacia, também estão sendo efetuados incentivos
para que as pessoas utilizem menos água, ou prêmios com bônus para que as
pessoas economizem água, o que também é importante nessa questão; e, também, em
áreas críticas, a disponibilização de caminhões-pipa para abastecer as cidades
onde há situações muito críticas. Ainda precisa mais, deve-se pensar em transposição de água
de outras regiões, em dessalinização de água na Baixada Santista, o que pode
ser um fator importante de produção de água doce em larga escala para a
população da região metropolitana, de modo que essas medidas ainda não foram
tomadas, mas seguramente nós vamos influenciar para que elas possam ser
tomadas.
“A recomposição das
áreas de mananciais no Cerrado é uma das grandes prioridades”
IHU On-Line – O que a crise hídrica de São
Paulo revela sobre o sistema hídrico brasileiro?
José Tundisi – Falhas
da governança, falhas na capacidade de mensuração, principalmente da qualidade
da água e monitoramento integrado. Além disso, o tripé qualidade da água,
quantidade de água e governança está desconectado. O principal problema é este,
de todos os lados nós temos falhas. Temos uma excelente lei de recursos
hídricos, mas cuja implementação é muito lenta e de difícil desenvolvimento, e,
além disso, há um problema de governança: os nossos comitês e agências de
bacias deveriam estar funcionando em todo território nacional, com recursos
próprios gerados na bacia para recuperação dessas bacias. Então, lentidão nas
execuções da lei de recursos hídricos, que eu repito, é uma das melhores do
mundo, e integração muito pouco efetiva entre quantidade de água, qualidade de água
e governança, e mais participação popular na economia de água.
IHU On-Line – Ainda que não possamos
politicalizar a crise, não é importante cobrar dos nossos políticos que eles
desenvolvam um pensamento mais sistêmico, que seja capaz de fazer ligações
entre, por exemplo, o desmatamento e os incentivos a uma exploração desenfreada
e a falta de água, é pensar não só as causas, mas o sistema que leva a isso?
José Tundisi – Claro,
completamente de acordo. Isso precisa ser feito com urgência. O Congresso
precisaria se mobilizar para poder colocar leis de incentivos mais efetivas e
leis de estímulo à mobilização, e também pensar de uma forma mais ampla em todo
o sistema de gestão de águas no Brasil com mais competências das agências, a
capacidade de integração das agências federais com as agências estaduais e
inclusive com o sistema municipal.
Na região do Sul,
especialmente no Vale do Rio dos Sinos, que conheço bem — sou
professor titular da Universidade Feevale —, temos trabalhado muito essa
questão do Vale
do Rio dos Sinos e a integração do comitê de bacias, do qual a Unisinos e
a Feevale
fazem parte, e outras universidades da região mais as prefeituras. Isso tem de
ser integrado de uma forma mais efetiva, com o apoio do governo estadual e do
governo federal, de tal forma que isso possa ser realmente um conjunto de ações
efetivas.
O problema todo é que
no Brasil
tem bons projetos, bons planos e fraca execução. Esse é o eterno problema deste
país: a execução é fraca, é falha e lenta. Esse é o problema do Brasil em
todas as áreas, especialmente nos setores públicos federal, municipal e
estadual. Tem bons planos, bons projetos, tem recursos, e na hora de executar
existem grandes falhas, ou porque os executores não foram treinados, ou porque
os executores não têm essa visão sistêmica ou então têm essa visão mais
setorizada do processo, mas o principal é capacitação. Por isso nós estamos
fazendo um grande esforço para capacitar gestores, para capacitar gerentes,
para capacitar pesquisadores que se integrem ao sistema de gestão e com isso
melhorar o processo de execução. (ecodebate)
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