segunda-feira, 3 de novembro de 2014

ONS prevê nível de represas em 15,5%

Número, que seria atingido no final de novembro no Sudeste, é bem inferior ao de 2001, quando houve o racionamento de energia.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê que os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas do Sudeste e do Centro-Oeste caíram para 15,5% no final de novembro. Atualmente, o número está em 18,85%, e já é inferior ao dos níveis apresentados na época do racionamento de energia, em 2001, quando estavam em torno de 23%.
Ao mesmo tempo, o ONS prevê que as chuvas no Sudeste, região responsável por 70% do armazenamento de água nas usinas hidrelétricas, deverão ficar em 74% da média histórica no próximo mês, enquanto o consumo de carga de energia no Brasil deverá subir 2,6% na comparação com um ano antes, segundo o relatório Programa Mensal de Operação (PMO). Novembro é o primeiro mês do que se convencionou chamar de "período úmido", que vai até abril.
De acordo com o relatório divulgado ontem, para o Nordeste, a expectativa do ONS é de que os reservatórios das hidrelétricas da região cheguem ao nível de 11,4% no final do próximo mês e que as chuvas fiquem em 36% da média histórica para o período. Atualmente, o nível das hidrelétricas no Nordeste está em 15,88%.
Na Região Sul, onde o volume de chuvas ultrapassou a média histórica durante o mês de outubro, o ONS prevê que esse volume ficará em 81% da média histórica em novembro. Os reservatórios das hidrelétricas da região devem fechar o próximo mês com 75,3% da capacidade. Atualmente, o nível está em 85,71%.
Já para a Região Norte, a previsão do órgão é que o volume de chuvas fique em 80% da média histórica, e que os reservatórios das hidrelétricas baixem do volume atual de 33,16% para 27,3%.
PLD
O ONS também manteve no limite máximo de R$ 822,83 por megawatt/hora (MWh) o custo da energia no mercado livre - ou preço de liquidação das diferenças (PLD) -, usado pelos consumidores que não têm contratos fixos com as distribuidoras de energia. Esse valor será mantido pelo menos por mais uma semana.
Balizador do PLD, o custo marginal de operação (CMO) voltou a subir, impedindo a queda do indicador que determina o preço da energia nas transações de compra e venda do mercado de curto prazo. Segundo o ONS, o CMO para o período entre 1.º e 7 de novembro ficou em R$ 1.009,82. O valor é 13,4% superior ao anunciado na sexta-feira da semana passada, de R$ 890,12/MWh.
Na semana passada, com o custo marginal de operação acima de R$ 850/MWh, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) já havia anunciado a volta do PLD ao patamar teto de R$ 822,83 o megawatt hora, o que voltou a ocorrer em outubro após mais de quatro meses.
Carga
O Operador Nacional do Sistema Elétrica anunciou ainda a primeira previsão da carga mensal no sistema nacional para o mês de novembro, que deverá ficar em 66.691 MW médios. O número representa uma expansão de 2,6% em relação à carga apurada em novembro do ano passado.
O resultado é puxado pela expansão de 5,2% e 4,9% no consumo previsto para as Regiões Sul e Nordeste, respectivamente. A demanda mensal da Região Sudeste/Centro-Oeste deve crescer 1,8% em igual base de comparação. Na Região Norte, a carga deve encolher 1,2%, de acordo com o ONS. (OESP)

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