Número, que seria atingido no final de novembro no Sudeste,
é bem inferior ao de 2001, quando houve o racionamento de energia.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê que os
níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas do Sudeste e do Centro-Oeste
caíram para 15,5% no final de novembro. Atualmente, o número está em 18,85%, e
já é inferior ao dos níveis apresentados na época do racionamento de energia,
em 2001, quando estavam em torno de 23%.
Ao mesmo tempo, o ONS prevê que as
chuvas no Sudeste, região responsável por 70% do armazenamento de água nas
usinas hidrelétricas, deverão ficar em 74% da média histórica no próximo mês,
enquanto o consumo de carga de energia no Brasil deverá subir 2,6% na
comparação com um ano antes, segundo o relatório Programa Mensal de Operação
(PMO). Novembro é o primeiro mês do que se convencionou chamar de "período
úmido", que vai até abril.
De acordo com o relatório divulgado
ontem, para o Nordeste, a expectativa do ONS é de que os reservatórios das
hidrelétricas da região cheguem ao nível de 11,4% no final do próximo mês e que
as chuvas fiquem em 36% da média histórica para o período. Atualmente, o nível
das hidrelétricas no Nordeste está em 15,88%.
Na Região Sul, onde o volume de
chuvas ultrapassou a média histórica durante o mês de outubro, o ONS prevê que
esse volume ficará em 81% da média histórica em novembro. Os reservatórios das
hidrelétricas da região devem fechar o próximo mês com 75,3% da capacidade.
Atualmente, o nível está em 85,71%.
Já para a Região Norte, a previsão
do órgão é que o volume de chuvas fique em 80% da média histórica, e que os
reservatórios das hidrelétricas baixem do volume atual de 33,16% para 27,3%.
PLD
O ONS também manteve no limite
máximo de R$ 822,83 por megawatt/hora (MWh) o custo da energia no mercado livre
- ou preço de liquidação das diferenças (PLD) -, usado pelos consumidores que
não têm contratos fixos com as distribuidoras de energia. Esse valor será
mantido pelo menos por mais uma semana.
Balizador do PLD, o custo marginal
de operação (CMO) voltou a subir, impedindo a queda do indicador que determina
o preço da energia nas transações de compra e venda do mercado de curto prazo.
Segundo o ONS, o CMO para o período entre 1.º e 7 de novembro ficou em R$
1.009,82. O valor é 13,4% superior ao anunciado na sexta-feira da semana
passada, de R$ 890,12/MWh.
Na semana passada, com o custo
marginal de operação acima de R$ 850/MWh, a Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica (CCEE) já havia anunciado a volta do PLD ao patamar teto de R$
822,83 o megawatt hora, o que voltou a ocorrer em outubro após mais de quatro
meses.
Carga
O Operador Nacional do Sistema
Elétrica anunciou ainda a primeira previsão da carga mensal no sistema nacional
para o mês de novembro, que deverá ficar em 66.691 MW médios. O número
representa uma expansão de 2,6% em relação à carga apurada em novembro do ano
passado.
O resultado é puxado pela expansão
de 5,2% e 4,9% no consumo previsto para as Regiões Sul e Nordeste,
respectivamente. A demanda mensal da Região Sudeste/Centro-Oeste deve crescer
1,8% em igual base de comparação. Na Região Norte, a carga deve encolher 1,2%,
de acordo com o ONS. (OESP)
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