Mesmo com precipitação equivalente a 15 dias de outubro,
houve mais uma redução de capacidade, agora para 12,1%; semana deve ser úmida.
Pelo segundo dia consecutivo, a chuva atingiu o
Sistema Cantareira, principal manancial paulista. A precipitação registrada
entre a noite de sábado e a madrugada de ontem foi equivalente a 15 dias, caso
se considere o mês passado. Mesmo assim, o nível das represas continua a cair.
Dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) indicam
que as represas do reservatório tinham 12,1% de sua capacidade ontem. No
sábado, dia i.°, havia 12,2% e na sexta, 12,4% - considerando a segunda cota do
volume morto, ou seja, a reserva profunda. No ano passado, em 2 de novembro,
não houve registro de chuva, mas o nível do reservatório estava em 36,3% do
volume útil. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), entre
as 9 horas de sábado e as 9 horas de domingo, a capital paulista registrou 8,2
milímetros acumulados de chuva. Sobre o Sistema Cantareira, a Sabesp informa
mais que o dobro de precipitação: 19,1 milímetros - considerada razoavelmente
forte. Para se ter ideia, durante todo o mês de outubro, o volume de chuva no
manancial foi de 45,2 milímetros. A média histórica do mês é de 130,8
milímetros - ante 161,2 milímetros em novembro. Desde o dia 24 de outubro, a
captação já leva em consideração a segunda cota da reserva técnica, mais conhecida
como volume morto. Quando começou a ser somado, o nível do sistema estava em
3%, o mais baixo da história, e passou para 13,6%. A estiagem também afeta o
Sistema Alto Tietê. A pluviometria acumulada de outubro foi de 20,1 milímetros,
patamar bem abaixo da média histórica de 117,1 milímetros. A reserva do Sistema
Alto Tietê se manteve em 8,9% neste domingo, nível igual ao de sábado. No
Sistema Guarapiranga, que atende 3,8 milhões de pessoas na Grande São Paulo, o
volume armazenado está em 38,8%. No Rio Grande, o volume é de 68,5 96; no Rio
Claro é de 42,2 % e no Alto Cotia, de 30%.
Próximos dias
O Inmet informava que havia previsão de mais chuva na região
ainda na tarde de ontem. Mas, de acordo com o Centro de Gerenciamento de
Emergências (CGE), o vento predominante do mar em direção ao continente inibiu
a formação de nuvens carregadas nas proximidades da Grande São Paulo. Dessa
forma, caiu a possibilidade de chuva forte para os próximos dias. "Mas
existe a tendência de que novembro deve ser um mês mais úmido", afirma a
meteorologista Bianca Lobo, da Clima-tempo, que destaca que só a terceira
semana deve ser mais seca. "Hoje, teremos pancadas isoladas. Entre a tarde
e a noite de amanhã, vai chegar uma frente fria e a previsão é de pancadas de
chuva mais generalizadas." Bianca diz que as temperaturas devem ficar mais
amenas na quarta e na quinta-feira, com máximas até 26 °C. O calor deve voltar
na sexta-feira e as temperaturas podem variar entre 20°C e 32 °C. "No
próximo fim de semana, deve chegar uma nova frente fria com chuva forte e
generalizada, mas o sábado ainda vai ser abafado”. (OESP)
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